O Executivo dispõe de 330 mil milhões de kwanzas (338 milhões de dólares) para a emissão de garantias soberanas que deverão estimular o crescimento económico por via do fomento de iniciativas empresariais privadas conducentes à diversificação económica nacional e ao reforço da segurança alimentar.

A informação foi revelada pela ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, por ocasião da 3.ª edição da conferência ‘Angola Economic Outlook’, realizada pelo Ministério do Planeamento e a revista Economia & Mercado (E&M).

De acordo com a ministra, uma das principais prioridades do Executivo passa por fortalecer o rendimento e dinamizar o seu acesso pelas pessoas através de ajustamentos salariais, aposta no emprego, contínua garantia da protecção aos mais vulneráveis, aumento do investimento na economia e nas empresas, reforço da segurança alimentar e regularização dos atrasados. 

Quanto aos atrasados, Vera Daves de Sousa revelou que foram regularizados cerca de 140 mil milhões de kwanzas, equivalentes a pelo menos 165 milhões de dólares.

“Para este ano, um total de 238 mil milhões de kwanzas(280 milhões de dólares) é o valor previsto para o pagamento da dívida interna atrasada, com o objectivo de liberar liquidez a favor dos fornecedores do Estado”, avançou a ministra.

Além disso, revelou que o Executivo dispõe, também, de 147,26 mil milhões de kwanzas para o aumento da capacidade financeira dos veículos públicos de financiamento à economia.

Segundo Vera Daves de Sousa, a previsão do Executivo aponta para um rácio da dívida pública PIB menor, na ordem dos 72%, apesar de o País fechar o Orçamento Geral do Estado (OGE) a contar com um saldo equilibrado.

De acordo com a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, o volume da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) deverá chegar a pelo menos 72,9% ao fechar o ano, menor que a meta do prazo médio da Lei da Sustentabilidade Fiscal.