O Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA) e a empresa BFA Gestão de Activos assinaram esta sexta-feira, 27 de Junho, em Luanda, um memorando de cooperação que permite reforçar o financiamento a empresas nacionais, sobretudo para aquelas com elevado potencial de crescimento.

De acordo com as respectivas instituições, o memorando visa criar uma plataforma conjunta de cooperação que deverá ajudar a promover a partilha de conhecimento técnico, boas práticas de gestão e capacitação institucional. 

Deverá, além disso, ajudar a estabelecer ligações com parceiros internacionais do BFA Gestão de Activos, facilitando novas oportunidades de investimento local com entidades internacionais, como referem as partes.

Segundo Mário Mangueira, coordenador da comissão de reestruturação do FACRA, trata-se de um momento único, em que as duas instituições unem forças para gerar um impacto positivo no futuro. 

Com este memorando, como refere o responsável, as duas instituições fortalecem ligações, não só no que diz respeito à partilha de conhecimentos e experiências, mas também quanto aos portfólios de investimento de ambas, que deverão permitir uma mitigação do risco perceptível nos investimentos, podendo, por isso, rentabilizar seus financiamentos. 

“Este acordo vai permitir também que as nossas instituições não só tenham um maior vínculo do nosso território nacional, mas também que a nível internacional sejamos mais reconhecidos. E aqui vamos pautar por aquilo que nos tem caracterizado, o rigor e compromisso”, acrescenta o alto responsável.

Além disso, Mário Mangueira defende a necessidade de se ter uma gestão rigorosa dos recursos públicos, de forma que estes efectivamente consigam gerar impacto nos investimentos e sejam concretizados, não apenas com a realização dos projectos, mas também com a geração de emprego. Olha, por exemplo, para o objectivo de as empresas financiadas chegarem a contribuir para o Estado através de impostos e da segurança social. 

“Entendemos que o FACRA abriu o caminho para outras sociedades de capital de risco existirem” 

À imprensa, Rui Oliveira, presidente da Comissão Executiva da empresa BFA Gestão de Activos, entende que o FACRA abriu o caminho para outras sociedades de capital de risco existirem. 

De acordo com o responsável, a assinatura do memorando representa um marco significativo naquilo que é a ambição do BFA Gestão de Activos para apoiar o Governo na sua estratégia de diversificação económica. 

“BFA Gestão de Activos tem um compromisso com o País e um compromisso com as empresas onde queremos investir. O tecido empresarial angolano é importantíssimo para aquilo que é toda a nossa estratégia de investimento do fundo Kimbo”, explica Rui Oliveira. 

Para a respectiva empresa, como refere Rui Oliveira, o objectivo do memorando não se limita apenas em aprender com todas as lições que o FACRA tem para passar, mas também em eventualmente poder partilhar algumas das suas experiências.