A CAPECA, uma fazenda localizada bem no coração de Camabatela, município de Ambaca, província do Cuanza Norte, será o palco para a celebração do Dia do Criador de Gado, agendado para o próximo sábado, 8 de Junho.
De acordo com uma nota enviada à redação da Economia & Mercado, o evento vai juntar vários players do sector pecuário, entre membros de cooperativas e investidores. Além destes, conta com a presença do governador da província de Cuanza Norte, João Diogo Gaspar, que vai fazer uma intervenção, segundo previsões do programa oficial do evento.
Em Angola, o “ Dia do Criador de Gado” é assinalado como uma data (sem dia ou mês certo) para homenagear todos os criadores do sector pecuário que desempenham um papel importante na economia do País.
Segundo o documento, é também uma oportunidade de encontro e convívio entre os profissionais, cooperativas e investidores do sector de partilharem, entre si, o que de melhor se produz em Angola em criação animal e com segurança alimentar.
Por iniciativa do empresário Fernando Teles e a cooperativa COOPLACA, da Camabatela, as confraternizações sobre o “Dia do Criador de Gado” voltam à ribalta, depois de uma interrupção de 4 anos, devido à pandemia da Covid-19 e a algumas adversidades por que passa a maioria dos criadores da pecuária, segundo dados do documento citado.
Fazenda CAPECA
Bem no coração do planalto de Camabatela, a Fazenda CAPECA é um projecto agro-industrial circunscrito à criação e ao abate de animais para o consumo alimentar de carne, além do cultivo de milho, soja e forrageiras.
Segundo dados enviados à E&M, a fazenda foi reestruturada e modernizada com tecnologia de ponta, iniciada em 2019, num contexto onde a região geográfica e as condições climáticas encontradas transformaram-se em factores decisivos.
Além destes factos, o documento fala da localização, dos solos férteis, tendo em conta o acesso à água para regadio, da recuperação possível de algumas infra-estruturas e da sustentabilidade do projecto, dimensionado ao investimento em cerca de 20 milhões de dólares.
“Com uma ampla área para cultivo e criação de animais, a Fazenda CAPECA tem como objectivo contribuir para a segurança alimentar do País, promover a produção nacional de carnes de bovinos, suínos e caprinos”.
Os dados da nota que citamos dizem que a CAPECA está empenhada em implementar práticas agrícolas sustentáveis, que respeitem o meio ambiente, promovam a conservação dos recursos naturais e em ser um importante agente na diversificação da economia de Angola.
Produção de ração à base de milho e soja
De acordo com o documento, a fazenda possui 8 mil hectares de extensos e aprazíveis campos verdejantes, onde cerca de 2.000 hectares destinam-se à produção de milho e 1.500 hectares à soja, com resultados previsíveis até a 8 mil toneladas de milho e 3 mil toneladas de soja, anuais, essenciais para o fabrico actual de 4 mil toneladas de ração, 2 mil toneladas de fuba de milho e 300 mil litros de óleo vegetal.
Para garantir a preservação dos produtos e da matéria-prima, dentro dos mais elevados padrões de qualidade e segurança alimentar, instalou-se uma unidade industrial de secagem e transformação, com um secador com capacidade efectiva de 10 toneladas por hora e um parque de armazenamento de cereais em silos nominais de 10.000 toneladas.
Produção Pecuária
Quanto à produção de pecuária, o documento revela que a utilização de tecnologias avançadas, aliada à experiência e know-how de técnicos angolanos e estrangeiros, aumenta a eficiência, reduz os custos operacionais com benefícios para a sustentabilidade ambiental e a qualidade de crescimento da população, actualmente com 5.014 cabeças de gado bovino.
“A operacionalidade da empresa é assegurada por cerca de duas centenas de trabalhadores angolanos recrutados na região, e 5 quadros técnicos estrangeiros”, lê-se.
Tratando-se do processo de fecundação/monta de reprodução natural, o documento diz que é feito por touros fortes e saudáveis, previamente selecionados.
“O recurso à inseminação artificial, técnica comum recomendada internacionalmente, reduz a propagação de doenças genéticas e aumenta a eficiência reprodutiva com resultados comprovados na qualidade da carne bovina produzida e que ascende a cerca de mil toneladas por ano”, diz o documento.
A construção em curso, de 14 pavilhões é um investimento da sociedade agrícola, São Mateus, como acionista comum deste empreendimento. O documento fala de nove pavilhões concluídos, dois totalmente equipados e povoados com 250 matrizes.
“Com todas instalações concluídas, a produção atingirá as 2.000 unidades”, revela o documento, explicando que o objectivo será chegar aos 50 mil suínos para abate por ano. “A primeira fase está prevista para março de 2025”, conclui.

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