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FILDA 2025: Indústria transformadora recuperou 2,84% em 2024 e já vale 7,59% do PIB

Sebastião Garricha
30/7/2025
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Foto:
Andrade Lino

Apesar do crescimento, José De Lima Massano reconhece que os desafios de diversificação económica ainda são complexos e exigentes, permanecendo necessário o percurso de correções e reformas.

A indústria transformadora registou crescimento de pelo menos 2,84% em 2024, representando um peso de 7,59% na estrutura do Produto Interno Bruto (PIB), afirmou José De Lima Massano, ministro de Estado para a coordenação económica.

Proferindo o discurso de abertura na 40.ª edição da Feira Internacional de Luanda (FILDA), que decorre de 22 a 27 de Julho, o alto responsável explicou que a componente do processamento alimentar representa cerca de 33% da actividade do respectivo sector. 

No geral, como lembra José de Lima Massano, em 2024 o crescimento real da economia foi de 4,4%, superando a média da África subsaariana.

Sublinha o contributo do sector de petróleo e gás, que contribui com 20% no PIB, mas destaca, na sequência, o “notável crescimento e a influência que os demais sectores têm vindo a registrar, sobretudo nos anos mais recentes”. 

Por exemplo, além do sector transformador, destaca a agricultura, explicando que hoje representa cerca de 19% do PIB, quando em 2017 se havia fixado em 13% e que tem crescido a taxas médias anuais de 6%.

“De acordo com o relatório das perspectivas económicas publicado pelo Fundo Monetário Internacional no último mês de abril, o crescimento médio do PIB para a região subsaariana foi de 4,1% em 2024”, lembra o responsável, explicando que nos países exportadores de petróleo desta região se registou um crescimento de 3,4%, sendo que nos países da SADC o crescimento médio foi de 2,7%. 

Apesar deste desempenho da economia em 2024, e mesmo com o crescimento positivo que o País “voltou a registrar no primeiro trimestre de 2025”, que foi de cerca de 3,5%, José de Lima Massano reconhece que os desafios de diversificação económica ainda são complexos e exigentes, permanecendo necessário o percurso de correções e reformas para a superação das vulnerabilidades, de modos que o crescimento económico seja consistente e os ganhos sociais abrangentes e duradouros. 

“Por isso, precisamos da compreensão de todos e o contínuo engajamento dos cidadãos e das empresas. Os participantes e visitantes desta feira têm o poder não apenas para fazer crescer as suas próprias empresas e negócios, mas também para, em conjunto, moldar o futuro da economia e da comunidade”, explica. 

Em gesto de apelo às empresas que operam em Angola, o ministro de Estado para a coordenação económica entende ser necessário que se conheçam melhor, identifiquem as suas necessidades de insumos e serviços e que, ao meio, partilhem essa informação sem receios e, sempre que possível, estabeleçam acordos de fornecimento a prazo para transmitir segurança aos parceiros de negócio. 

“Publiquem os vossos relatórios e contas para conferirem confiança aos investidores e financiadores e trabalhadores. Deem visibilidade permanente ao vosso trabalho, às valências e competências que já possuem e que podem servir o mercado. Mostrar que se faz bem em Angola não é apenas uma questão de marketing, é um passo estratégico para estimular o consumo interno, para atrair parcerias, fomentar o desenvolvimento e a integração económica”, apela, acrescentando que, para transformar potencial em benefício efectivo, é necessário um novo patamar de interligação e parcerias entre o sector produtivo, a distribuição, os serviços e a inovação tecnológica.