As autoridades angolanas têm intensificado as frentes de combate ao contrabando de combustíveis, mas estas acções revelam-se, até aqui, insuficientes para conter o fenómeno. O fim da subvenção aos combustíveis e a consequente adopção de preços reais é, para o Presidente da República, a saída eficaz para o problema.
Ao falar à imprensa nesta segunda-feira, 10, durante a inauguração do Terminal Oceânico da Barra do Dande, na província do Bengo, João Lourenço observou que as autoridades têm feito combate ao contrabando de combustíveis, mas “talvez não o suficiente” para controlar o fenómeno.
“Para além das medidas de carácter policial, será, com certeza, ajustar-se o preço dos combustíveis aos preços reais. Tanto quanto sabemos, o preço dos combustíveis em Angola está muito abaixo dos preços reais, quer do preço de produção, quer do preço dos produtos importados”, disse.
O Chefe de Estado informou que, hoje, face à insuficiente capacidade de refinação local, o País importa ainda grande parte dos derivados que consome, quer diesel como gasolina.
“Importamos a um preço e vendemos a um preço inferior ao da importação”, lamentou o Presidente da República, alertando que, com esta dependência,
o País “está a perder dinheiro”.
“Você compra a dez e vende a seis. Isto é uma situação que, uma vez resolvida, com certeza que vai desencorajar todos aqueles malfeitores que estão envolvidos no contrabando de combustíveis”, perspectivou João Lourenço.

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