Os projectos e produtos financeiros apresentados pelo Fundo de Garantia de Crédito (FGC) carecem de afinação, afirmou o director de Acompanhamento e Regulamentação de Crédito do Banco de Fomento Angola (BFA), Eduardo Mateus, no XIV Fórum de Economia & Finanças.
A observação faz parte do conteúdo do tema apresentado pelo quadro sénior do BFA (Desafios da Intermediação Financeira Tradicional), no evento da Associação Angolana de Bancos (ABANC), realizado em Luanda.
O ‘desabafo’ de Eduardo Mateus consiste no facto de haver lentidão na implementação dos projectos e produtos lançados pelo FGC. Desta Forma, apela aos parceiros, bancos, assim como ao fundo para que trabalhem em conjunto para a execução plena dos produtos lançados pela instituição não bancária, sob tutela do Ministério das Finanças (MINFIN).
Apesar da observação, o director de Acompanhamento e Regulamentação de Crédito do BFA reconheceu haver uma boa parceria entre as instituições bancárias e o FGC, que (na perspectiva de Eduardo Mateus) tem apresentado produtos com maior fluidez, face ao passado.
O representante do BFA, no fórum que ocorreu no dia 18 de Novembro de 2025, também reconheceu a importância do mercado de capitais, mas considerou que deve aumentar e dar mais passos para maior inclusão e divulgação.
Ao longo da apresentação no fórum, que marcou o 27º aniversário da ABANC, Eduardo Mateus considerou ainda haver um longo caminho a percorrer para a adopção dos princípios de sustentabilidade (ESG).
“Há um longo caminho dos dois lados. Primeiro, a banca deve adoptar e praticar esses princípios. Segundo, passar a exigir aos nossos clientes”, disse o quadro sénior do BFA, para mais adiante sugerir que os aspectos ESG devem ser incluídos nas análises de risco de crédito bancário.
Quanto à actividade bancária, o número de balcões registou um aumento de 641%, pois passou de 1 454 para 4 922. “Há maior utilização dos meios de pagamentos electrónicos”. Os registos neste segmento, como afirmou, apontam para um aumento de 344%, passando de 1,4 milhões (2023) para 4,7 milhões (2024).

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