IFC Markets Live Quotes
Powered by
3
1
PATROCINADO

Fórum junta quase 200 mulheres para debater diversidade e inclusão nas organizações

Cláudio Gomes
1/6/2024
1
2
Foto:
Isidoro Suka

Evento visou criar troca de experiências e conhecimentos sobre temas essenciais da liderança feminina, a diversidade e a inclusão na sociedade angolana.

O Primeiro Fórum de Liderança Feminina debateu, na quinta-feira, 30, temas relacionados com a promoção da equidade de género nas organizações e a cultura inclusiva, num evento que juntou quase 200 mulheres executivas.

O evento visou criar troca de experiências e conhecimentos sobre temas essenciais da liderança feminina, a diversidade e a inclusão na sociedade angolana.

Para a fundadora e CEO da Liderança Feminina em Angola, Eva Rosa Santos, o caminho para a igualdade e a equidade de género nas organizações públicas e privadas ainda “é longo” e requer uma abordagem colectiva “de todas as forças vivas”.

À margem do fórum, a oradora disse que o desiderato da diversidade e da inclusão da mulher nos sectores-chave das organizações e da sociedade está refém das crenças e dogmas que impedem a jornada de mudança de comportamento sobre as questões do género.

“Ainda temos um longo caminho a percorrer, e o que encontro são organizações realmente interessadas em fazer a diferença (...). Mas, na realidade, ainda não é significativo”, frisou, realçando que uma sociedade que pensa e age em conformidade com temas da igualdade e da equidade torna-se “mais rica, com maior diversidade e mais inovação”.

À Economia & Mercado, Eva Rosa Santos referiu que o que a iniciativa Liderança Feminina pretende é não só ajudar a reflectir sobre essas temáticas, mas, sobretudo, capacitar mulheres e trazer à discussão os temas dentro das organizações.

MASFAMU enaltece iniciativa  

A promoção da equidade de género nas empresas e a criação de uma cultura empresarial inclusiva foram temas que centraram os debates nos painéis que juntaram executivas da Nestlé, SONILS, DP World, PNUD e Unitel.

Sobre os entraves que ainda comprometem a equidade e igualdade no género, a chefe de Departamento de Empoderamento da Família do Ministério da Família e Promoção da Mulher (MASFAMU), Isabel da Costa, disse que o órgão ministerial está atento às preocupações e trabalha para sensibilizar as organizações e a sociedade de um modo geral.

“Continuaremos a trabalhar na questão da sensibilização para que as organizações tenham consciência do papel que exercem na vida da população e dos funcionários, o que garantirá uma melhor contribuição para o crescimento da própria organização”, afirmou à E&M, mencionando os Artigos 62.º e 63.º da nova Lei Geral do Trabalho, que versam sobre as ‘modalidades do teletrabalho” e a ‘igualdade de tratamento’ enquanto “avanços assinaláveis”.

“Nos sentimos orgulhosos em saber que as organizações públicas e privadas nacionais e estrangeiras têm estado a desenvolver aquilo que são as nossas pretensões, sobre a abordagem das questões de género, para que se consiga alcançar a equidade, que é ter em conta as especificidades de cada um e providenciar oportunidades para que cada um se desenvolva”, referiu. 

Estas experiências, acrescentou Isabel da Costa, foram “muito boas”, e se as restantes organizações se dedicarem a estas questões, “certamente teremos um País mais harmonioso, onde todos terão a sua vez e ninguém será deixado para trás”.

A Liderança Feminina em Angola é membro do Pacto Global da ONU desde 8 de Janeiro de 2024, no seguimento do 5.º Objectivo de Desenvolvimento Sustentável, e representa um marco na promoção do diálogo construtivo entre géneros, para transformar a sociedade angolana.