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Fundo de pensões em Angola vale 1,4% do PIB

Fernando Baxi
2/10/2025
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Foto:
Carlos Aguiar

PCE da NOSSA Seguros mostrou-se preocupado, pois em outras realidades da SADC, concretamente na Namíbia, a participação do fundo de pensões no PIB ultrapassa 100%.

Os activos sob gestão das entidades gestoras de fundo de pensões em Angola equivale a 1,4% do PIB, afirmou, hoje (02.10) em Luanda, o presidente da Comissão Executiva da NOSSA Seguros, Alexandre Carreira, quando interveio na “II CONFERÊNCIA E&M SOBRE FUNDO DE PENSÕES”.

Alexandre Carreira mostrou-se preocupado, quanto ao indicador acima expresso, pois em outras realidades da SADC, mais concretamente na Namíbia, a participação do fundo de pensões no PIB ultrapassa os 100%.     

“Os números evidenciam não só o grande desafio que temos, mas sobretudo o imenso potencial de crescimento dos fundos de pensões em Angola”, disse para mais adiante afirmar que a sustentabilidade deste segmento financeiro depende da capacidade de gerar rendimentos. 

O PCE da NOSSA Seguros deixou ainda patente que a gestão profissional e o controlo dos riscos são pressupostos determinantes para a geração de receitas e consequentemente a sustentabilidade dos fundos de pensões.

Durante o discurso de boas vindas aos convidados no evento que abordou o “FUTURO DOS FUNDOS DE PENSÕES EM ANGOLA: REFORMA, REGULAÇÃO E SUSTENTABILIDADE”, chamou atenção para a necessidade de se contar com gestores qualificados e dotados de estratégias claras de investimentos. 

“Também é importante haver transparência, através da publicação de relatórios claros e regulares sobre a performance dos fundos de pensões”, declarou Alexandre Carreira, que defende uma relação equilibrada entre os custos e benefícios para se alcançar a sustentabilidade neste subsector. 

Assim sendo, para o CEO de uma das maiores seguradoras do mercado nacional, as taxas e outros custos de gestão, a que os fundos de pensões estão actualmente sujeitos, devem ser contidos dentro de níveis razoáveis.      

Ainda para Alexandre Carreira é impossível falar da sustentabilidade dos fundos de pensões sem abordar o impacto da desvalorização ou depreciação do Kwanza, inflação e das taxas de juros nas pensões.

“A depreciação do kwanza e a alta inflação corroem o poder de compra das pensões. Se os rendimentos dos investimentos não as acompanharem, as taxas de juros mais baixas reduzem os rendimentos dos títulos de dívida, assim como dos depósitos bancários, pressionando os fundos com estratégias de investimento conservadoras”, declarou Alexandre Carreira.