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‘Governante’ defende proximidade do Estado ao sistema financeiro

Fernando Baxi
18/11/2025
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DR

Stock de crédito à economia atingiu 6,8 biliões Kz, em Setembro de 2025, indicam dados do BNA. Um crescimento de 27,5% face ao período homólogo.

O secretário de Estado para o Investimento Público, Ivan dos Santos, defendeu o reforço da cooperação entre o Estado e o sistema financeiro, sobretudo no financiamento de projectos de infra-estruturas. 

Ivan dos Santos, que proferiu o discurso de abertura do XIV Fórum Economia & Finanças, da ABANC, em Luanda, reconheceu que sem estradas eficientes, energia fiável, logística estruturada e conectividade adequada jamais haverá crescimento económico, assim como competitividade. 

O financiamento de infra-estruturas, continuou, deve ser visto como investimento estratégico de retorno elevado. “É um domínio onde o sistema bancário pode desempenhar um papel mais decisivo, criando instrumentos de longo prazo e partilha de risco com o Estado”.    

No discurso de abertura do evento cujo debate se centrou nos “Desafios E Caminhos Para Um Sistema Mais Eficiente E Inclusivo”, Ivan dos Santos realçou a evolução do sistema financeiro no financiamento à economia.     

Dados recentes do Banco Nacional de Angola (BNA), referentes a Setembro de 2025 (afirmou) indicam que o stock de crédito à economia atingiu 6,8 biliões Kz. Um crescimento de 27,5%, face ao período homólogo.

“O crédito orientado ao sector real da economia alcançou 1,7 biliões Kz, registando um crescimento superior a 14%” quando comparado com o mesmo período de 2024. Os avanços (disse) são encorajadores, mas ainda insuficientes para responder às necessidades de investimentos do País.

Ivan dos Santos, em representação do Ministro do Planeamento, no evento organizado pela ABANC, no dia 18 de Novembro de 2025, chamou a atenção para a necessidade de se consolidar a recuperação económica.      

“Em 2024, Angola registou o crescimento do PIB de 4,4%, o maior dos últimos dez anos. Este desempenho confirma o impacto positivo das reformas estruturais e da disciplina macro-económica adoptada nos últimos anos”.

Angola, como se pôde depreender das declarações do secretário de Estado, manteve um ritmo de expansão médio superior a 2% no primeiro trimestre de 2025, sinalizando uma trajectória de recuperação consistente. 

O crescimento, avançou o secretário de Estado para o Investimento Público, precisa de ser aprofundado e ampliado ao sector não-petrolífero “que é a base da diversificação económica e a criação de emprego na economia”.