17 anos de existência no mercado, que balanço faz?
Ao longo dos últimos 17 anos, a Pumangol tem trilhado um percurso notável de crescimento e consolidação no sector energético angolano. Iniciámos a nossa actividade como uma empresa de matriz multinacional e, actualmente, orgulhamo-nos de ser uma entidade 100% angolana, detida pela Sonangol. Esta transição reflete o nosso compromisso com o desenvolvimento nacional e a adopção das melhores práticas internacionais.
Durante este período, expandimos significativamente a nossa presença, contando actualmente com 83 postos de abastecimento distribuídos por todo o país. Fomos pioneiros na introdução de soluções inovadoras, como o programa de fidelização PRIS, que reforçou a ligação com os nossos clientes, e o Frota+, uma ferramenta de gestão de frotas corporativas que optimiza a eficiência operacional das empresas. Além disso, revolucionámos o conceito de lojas de conveniência em Angola, estabelecendo parcerias estratégicas com marcas internacionais para oferecer uma experiência de compra moderna e diversificada. Fomos também pioneiros na adopção de soluções tecnológicas, como o pagamento por QR Code nos postos de abastecimento, facilitando a experiência do cliente e optimizando a operação.
Como reflexo deste percurso, fomos recentemente reconhecidos como a Escolha do Consumidor nas categorias de Posto de Abastecimento e Loja de Conveniência, bem como Melhor Operadora de Downstream no Angola Oil & Gas Awards.
Durante estes 17 anos mantemos um forte compromisso com Angola, contribuindo activamente para o desenvolvimento económico e social. Prova disso é o reconhecimento que obtivemos, como o Prémio Forbes África de Responsabilidade Social Corporativa.
Hoje, com mais de 500 empregos directos e cerca de 1.900 indirectos, afirmamo-nos como uma referência no sector, com uma identidade corporativa assente na ética, integridade e transparência.
O nosso compromisso com a inovação e a excelência operacional permitiu-nos consolidar uma posição de destaque no mercado, sempre alinhados com as necessidades dos nossos clientes e as exigências do sector.
Qual tem sido a estratégia da Pumangol no referido segmento?
A Pumangol tem investido continuamente na expansão e modernização das suas infra-estruturas de armazenamento de combustíveis, reconhecendo a importância estratégica deste segmento para garantir a segurança energética do país. Operamos três terminais principais em Luanda, Lobito e Malanje, que desempenham um papel crucial na recepção, armazenamento e distribuição eficiente de diversos produtos petrolíferos, incluindo gasolina, gasóleo e combustível para aviação.
Além destes, mantemos terminais de aviação nos aeroportos de Luanda (aeroporto Internacional 4 de Fevereiro), Catumbela, Lubango e Ondjiva, assegurando o abastecimento contínuo e fiável ao sector da aviação. A nossa estratégia foca-se na optimização da cadeia logística, na implementação de tecnologias avançadas de monitorização e controlo, e na formação contínua das equipas operacionais, garantindo padrões elevados de segurança e eficiência.
Quantos novos postos de abastecimento prevêem inaugurar em 2025?
Actualmente, contamos com 83 postos de abastecimento e, para 2025, planeamos inaugurar mais dois novos postos. Esta expansão é parte integrante da nossa estratégia de crescimento sustentável, visando melhorar a acessibilidade e a qualidade dos serviços oferecidos aos nossos clientes. Continuaremos a identificar oportunidades estratégicas para expandir a nossa rede, sempre alinhados com as necessidades do mercado e o desenvolvimento económico do país.
Como avaliam esta realidade e que desafios enfrentam num mercado ainda pouco concorrencial?
O mercado angolano de distribuição de combustíveis apresenta desafios significativos, nomeadamente a dependência da importação de produtos refinados e a necessidade de infra-estruturas logísticas mais robustas. Com cerca de 1.199 postos de abastecimento no país, dos quais apenas 915 estão operacionais, existe uma clara oportunidade para melhorar a cobertura e a eficiência do sector.
A Pumangol, o segundo maior players do sector com uma quota de mercado de 24%, tem demonstrado capacidade operacional e compromisso com a excelência. Acreditamos que a implementação de projectos de refinação em curso e o investimento em infra-estruturas logísticas, como pipelines e terminais modernos, são essenciais para reduzir a dependência externa e melhorar a competitividade do mercado.
Como encaram a reforma da retirada dos subsídios estatais ao preço dos combustíveis?
A retirada gradual dos subsídios aos combustíveis é uma medida necessária para garantir a sustentabilidade das finanças públicas e promover um mercado mais eficiente e competitivo. Entendemos que esta reforma deve continuar a ser implementada de forma cuidadosa, considerando os impactos sociais e económicos.
Para a Pumangol, esta mudança representa uma oportunidade para flexibilizar a oferta, ajustar preços de forma mais transparente e atrair investimentos que permitam expandir a rede de postos, introduzir inovações tecnológicas e melhorar o serviço ao cliente. Um mercado com preços mais alinhados à realidade internacional torna-se mais atractivo para investidores e estimula a concorrência saudável.
Com a subida dos preços dos combustíveis, que impacto esperam?
A subida dos preços dos combustíveis, decorrente da redução dos subsídios, terá impactos diversos. Para os consumidores, poderá representar um aumento nos custos de transporte e bens de consumo. Para as empresas do sector, como a Pumangol, é uma oportunidade para implementar modelos de negócio mais sustentáveis, investir em eficiência operacional e diversificar os serviços oferecidos.
Estamos comprometidos em mitigar os impactos negativos para os nossos clientes, oferecendo soluções inovadoras e programas de fidelização que proporcionem benefícios e conveniência. Acreditamos que, a longo prazo, estas mudanças contribuirão para um mercado mais robusto e resiliente.
Quais são os principais desafios na distribuição de combustível?
A distribuição de combustíveis em Angola enfrenta desafios significativos, incluindo a dependência da importação de produtos refinados, limitações nas infra-estruturas logísticas e o estado das vias de comunicação. A escassez de meios de transporte adequados e a necessidade de modernização dos terminais e sistemas de armazenamento são obstáculos que impactam a eficiência da cadeia de abastecimento.
A Pumangol tem investido em soluções tecnológicas avançadas, formação de pessoal e parcerias estratégicas para superar esses desafios. Acreditamos que a colaboração entre os diferentes actores do sector e o investimento contínuo em infra-estruturas são essenciais para melhorar a distribuição de combustíveis no país.
Como avaliam novos projectos de refinação de crude e que impacto pode ter?
Encaramos os projectos de refinação com muito optimismo, pois representam um passo essencial na redução da dependência externa e na consolidação da indústria petrolífera nacional. Estes projectos permitirão uma logística mais eficiente, mais competitividade e maior sustentabilidade no sector.
A transição energética é um risco para o vosso negócio ou uma oportunidade?
A transição energética representa, para a Pumangol, mais uma oportunidade do que um risco. Embora reconheçamos os desafios impostos pela crescente procura por fontes de energia renováveis e a pressão para reduzir as emissões de carbono, estamos a adaptar-nos proactivamente a essas mudanças. Vemos a transição como uma oportunidade para inovar e diversificar, já com iniciativas como o investimento em energias renováveis e soluções de mobilidade eléctrica.
O capital humano é um pilar estratégico da Pumangol. Investimos continuamente no desenvolvimento das nossas equipas
Que estratégias têm adoptado para capacitar os vossos trabalhadores e identificar novos talentos angolanos?
O capital humano é um pilar estratégico da Pumangol. Investimos continuamente no desenvolvimento das nossas equipas para garantir um desempenho de excelência. Neste sentido, a reinauguração da Academia Pumangol foi um marco importante, reforçando o nosso compromisso com a capacitação e o crescimento dos colaboradores através de formações técnicas e programas de desenvolvimento profissional. Também identificamos e desenvolvemos talentos angolanos através de programas estruturados, ao mesmo tempo que valorizamos o mérito, a inovação e a colaboração, permitindo que os nossos colaboradores desenvolvam todo o seu potencial e contribuam para o crescimento sustentável da Pumangol.
É importante recordar que a Pumangol é hoje uma empresa 100% nacional, com uma força de trabalho integralmente composta por angolanos. Este facto é, para nós, motivo de profundo orgulho, pois são profissionais angolanos que asseguram diariamente uma operação de excelência, com padrões de serviço ao nível do melhor que se faz a nível internacional. Este resultado é reflexo directo do nosso compromisso contínuo com a captação, formação e retenção de talento nacional.
Quais são os principais projectos de responsabilidade social que têm desenvolvido?
A Pumangol mantém um forte compromisso com a responsabilidade social corporativa, promovendo iniciativas que geram impacto positivo nas comunidades onde está presente. Entre os principais projectos, destaca-se a Escolinha Pumangol, localizada em Benguela, que acolhe anualmente cerca de 100 crianças até aos 5 anos, proporcionando-lhes um ambiente seguro e estimulante para o seu desenvolvimento e aprendizagem.
Outro exemplo é a realização das Feiras Anuais de Saúde – “Saúde até Si” – que, com o apoio de parceiros estratégicos, levam assistência médica e medicamentosa a comunidades com acesso limitado a serviços de saúde, realizando-se duas edições por ano.
Através do Programa Criar, desenvolvido em parceria com a TheBridge Global, a Pumangol oferece estágios profissionais a jovens recém-licenciados, preparando-os para os desafios do mercado de trabalho. No ciclo 2023/2024, dois estagiários foram integrados como colaboradores efectivos da empresa. Já no ciclo 2024/2025, foram acolhidos 34 jovens, actualmente distribuídos por várias áreas da companhia, numa iniciativa que se encontra já no seu terceiro ciclo.
Em colaboração com a Polícia de Viação e Trânsito, realizamos também acções de sensibilização para a segurança rodoviária, contribuindo para a redução de acidentes. Outras iniciativas incluem as Sopas Solidárias, a participação no World Clean Up Day e os programas de saneamento básico na zona do Porto Pesqueiro, onde, em conjunto com a comunidade local, promovemos regularmente campanhas de limpeza.
Que medidas a Pumangol tem implementado para minimizar a sua pegada ecológica e promover práticas mais sustentáveis?
A Pumangol tem vindo a reforçar o seu compromisso com a sustentabilidade ambiental através de uma abordagem estruturada, que visa reduzir a pegada ecológica da empresa e fomentar práticas mais responsáveis. Por exemplo, os três mais recentes postos de abastecimento inaugurados em Luanda — Gamek, FTU e Weya — já operam com fornecimento parcial de energia solar, promovendo maior eficiência energética e reduzindo a dependência de fontes fósseis. Estas acções fazem parte de uma estratégia mais ampla de sustentabilidade, alinhada com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, reforçando o papel da Pumangol como agente activo na construção de um futuro energético mais limpo e responsável.
Quais as perspectivas da Pumangol para os próximos cinco anos?
As perspectivas da Pumangol para os próximos cinco anos são marcadas por uma visão estratégica clara, ambiciosa e alinhada com os desafios e oportunidades do sector energético em Angola e na região. Estamos comprometidos com uma trajectória de crescimento sustentado, inovação contínua e contributo real para o desenvolvimento económico e social do país.
A nossa prioridade será a expansão inteligente da rede de abastecimento, com foco em zonas de elevado potencial económico e estratégico, reforçando a capilaridade da marca e assegurando um serviço de excelência em cada ponto do território nacional. Esta expansão será acompanhada por um investimento robusto em digitalização e inovação operacional, com o objectivo de oferecer experiências cada vez mais convenientes, seguras e centradas no cliente.

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