O Executivo poderá gerar políticas públicas mais apuradas, nos próximos tempos, com uso das soluções de inteligência artificial, afirmou o director-geral do Instituto de Modernização Administrativa (IMA), Meick Afonso, em declarações exclusivas à Revista Economia & Mercado (E&M).
Para o director-geral do IMA, que falou à margem do primeiro “Fórum Nacional de Inteligência Artificial/2025”, realizado em Luanda, a utilização da respectiva ferramenta vai ajudar o Executivo a simplificar os procedimentos, prever eventos da vida dos cidadãos e tomar decisões.
A tarefa do Estado, como se pôde ainda depreender das declarações de Meick Afonso, a inteligência artificial facilitará a capacidade de utilização de grandes quantidades de dados para a atingir objectivos precisos.
O responsável máximo do IMA também informou que a introdução da inteligência artificial no sector ou funcionalismo público será transversal.
“As necessidades de simplificação administrativa, de análise e de desenvolvimento são transversais e contínuas”, disse em declaração à E&M.
Hoje, continuou, pode-se elencar os serviços da Autoridade Tributária (AGT); da Segurança Social e da Justiça como prioritários por serem mais rotineiros.
Relativamente ao período de execução do respectivo projecto na Administração Pública, afirmou que se está a implementar a plataforma de interoperabilidade, cujo objectivo passa por fazer com que os sistemas daquele órgão do Estado falem entre si. “O elemento basilar são os dados”.
Por cima daquela camada, avançou, haverá uma plataforma de inclusão certificada que vai permitir que os dados sejam utilizados de modo inteligente. O projecto, prosseguiu, está em fase de implementação da infra-estrutura. “Temos 2026 como um grande ano”.
Apesar do optimismo à volta da inteligência artificial, Meick Afonso, na abertura do evento, no dia 14 de Julho de 2025, reconheceu que jamais substituiria a humana, embora expanda os objectivos a alcançar.
“Permite um jovem empreendedor criar identidade visual profissional sem recorrer a agências dispendiosas; que uma escola rural produza materiais de ensino adaptados ao próprio contexto ou um Ministério analise milhares de páginas legislativas em minutos”, afirmou ainda o director-geral do IMA.
Meick Afonso, apoiando-se no estudo mais recente do Fórum Económico Mundial, confirmou que a inteligência artificial vai criar mais de 40 milhões de empregos (em todo o mundo) até 2030.

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