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Índice de Boa Governação Chandler coloca governação angolana entre as piores do mundo

Adnardo Barros
4/9/2025
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Foto:
DR

Angola apresenta fraquezas em pilares críticos como fortalecimento das pessoas (118.º), reputação e influência global (116.º) e leis e políticas robustas (116.º).

Angola ocupa a 118.ª posição entre 120 países no Índice de Boa Governação Chandler (CGGI) 2025, que avalia a eficácia e a capacidade dos governos de todo o mundo.O país supera apenas Serra Leoa e Venezuela no desempenho global, destacando-se como uma das nações com maiores desafios de governação a nível mundial.

O Índice de Boa Governação Chandler (na sigla inglesa, CGGI) concentra-se na competência governamental, na capacidade prática que um governo tem de liderar, elaborar políticas, implementá-las e, finalmente, entregar resultados que melhorem a vida dos seus cidadãos.

Estes indicadores estão organizados em sete pilares fundamentais: liderança e perspectiva estratégica, leis e políticas robustas, instituições fortes, finanças públicas adequadas, melhoria de atracções globais, reputação e influência globais e fortalecimento das pessoas.

Apesar de ser uma das economias de crescimento mais rápido do mundo e deter o 5.º lugar, segundo o relatório, no indicador de superávit orçamental, resultado do aumento do investimento em infra-estruturas de petróleo e gás, Angola apresenta fraquezas significativas em pilares críticos como fortalecimento das pessoas (118.º), reputação e influência global (116.º) e leis e políticas robustas (116.º).

No contexto regional, a África Subsaariana continua a ser a região com pior desempenho médio no índice. O melhor país africano no ranking global é a Ilhas Maurícius, que ocupa a 51.ª posição. Apesar de ter caído significativamente no ranking global (estava em 36.º em 2021), Maurícius mantém-se como o país africano mais bem classificado pelo quinto ano consecutivo. Angola posiciona-se atrás de outros países lusófonos da região, como Moçambique (112.º) e Guiné-Bissau (não incluída no índice este ano).

Em contraste com esta realidade, o topo do ranking é  liderado pela Singapura seguido por Dinamarca, Noruega, Finlândia e Suécia.