A indústria mineira nacional não deverá ser, no curto e médio prazos, solução ao desemprego no país e em particular nas regiões onde são explorados os diamantes, devido ao elevado nível de tecnologia que o sector exige, admitiu recentemente, o presidente do conselho de administração da Endiama EP., Ganga Júnior.
Estas particularidades, segundo o gestor, fazem com que a indústria mineira absorva cada vez menos pessoas. Contudo, prosseguiu, o que se deve esperar da actividade mineira é no futuro potenciar rendimentos para serem aplicados em outras actividades, fomentando assim o crescimento e o desenvolvimento socioeconómico.
A solução do desemprego no país e em particular na região passa necessariamente pela diversificação da actividade económica, por isso é que trouxemos algumas soluções que passam pelo empreendedorismo e o investimento na agro-pecuária, financiadas pelas empresas diamantíferas, mas sempre com a intervenção da população local”, referiu.
Redução na produção
Ganga Júnior fez saber, por outro lado, que a produção de diamantes pode ter uma redução de 20%, ao contrário das perspectivas iniciais para o presente ano económico, em que estimava-se uma produção de 14 milhões de quilates. Mas dadas as actuais circunstâncias os números apontam agora para os 12 milhões de quilates, esclareceu o PCA da Endiama EP.
Em declarações à imprensa sobre o ponto de situação do sector dos diamantes face a pandemia da covid-19, Ganga Júnior avançou que as empresas baixaram o seu nível de produção porque têm em stock elevados volumes da pedra preciosa, devido a escassa procura.
Apesar disso, disse já haver uma certa reabertura do mercado, com alguma procura de diamantes e gradualmente se está a realizar, de forma tímida, algumas vendas.
“Nós tivemos momentos muito maus este ano. Estamos a comercializar, de momento, a produção da Sociedade Mineira de Catoca do mês de Maio o que significa que temos elevados stock de diamantes", sublinhou.

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