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Inflação disparou de 13,86% em 2022 para 20,01% no ano passado

Victória Maviluka
21/5/2024
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Foto:
DR

Ministro de Estado para a Coordenação Económica diz que importação de alimentos na actual dimensão tem impactos negativos directos na dinâmica de crescimento económico.

O nível geral de preços aumentou no ano findo, tendo a inflação passado de 13,86% em 2022 para 20,01% em 2023, informou o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.

O governante, que falava na conferência ‘Angola Economic Outlook 2024’, realizada esta terça-feira, 21, em Luanda, especificou que este crescimento da inflação foi influenciado pela classe de Alimentação e de Bebidas Não-Alcoólicas.

Massano considerou que a importação de alimentos na actual dimensão tem impactos negativos directos na dinâmica de crescimento económico e na criação de postos de trabalho, sendo um dos factores mais impactantes na estabilidade de preços na economia nacional.

“A inflação ciclicamente elevada depende do comportamento dos preços dos alimentos, que, no nosso caso, representa cerca de 60% do cabaz típico dos produtos e serviços consumidos pela nossa população, e, consequentemente, do capaz utilizado para calcular o Índice de Preços no Consumidor”, apontou.

Referiu que é, por conseguinte, “intuitivo chegar à conclusão” que este cenário “não faz sentido” num País com recursos e capacidade para o desenvolvimento do sector agro-pecuário.

Para o homem que comanda a política económica do País, Angola pode e deve produzir internamente grande parte dos alimentos necessários para atender às necessidades das populações, e, desta forma, “garantir a segurança alimentar e tirar partido de outras oportunidades que este desenvolvimento trará para a nossa economia”.

Organizado pelo Ministério do Planeamento e pela revista Economia & Mercado, a 3.ª edição da conferência ‘Angola Economic Outlook’ decorreu sob o tema ‘Segurança Alimentar: Realidade, Desafios e Oportunidades’.

O concorrido encontro juntou vários titulares de departamentos ministeriais do Governo angolano, operadores económicos e parceiros internacionais.