O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) em Angola caiu 40% no segundo trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo os calculos da E&M com base as estatísticas externas divulgadas pelo Banco Nacional de Angola (BNA), a entrada de IDE passou de 2,5 mil milhões de dólares no segundo trimestre de 2024 para 1,5 mil milhões de dólares no mesmo período de 2025.
Apesar da queda, os números revelam uma mudança na estrutura do investimento. O sector não petrolífero mais do que duplicou de valor, passando de 44,8 milhões para 98 milhões de dólares, um crescimento de 120% em termos homólogos.
O sector petrolífero continua a dominar os fluxos de capital, com um peso de 93% do IDE total. O investimento no sector petrolífero sofreu uma contracção de 41,7%, descendo de 2,4 mil milhões para 1,4 mil milhões de dólares. Por outro lado, o peso relativo do investimento não petrolífero subiu de 2% para 6% no período em análise.
Miguel Manuel, economista, afirmou que “a quebra no investimento petrolífero era expectável dada a volatilidade dos preços internacionais, mas o crescimento do sector não petrolífero, ainda que partindo de uma base muito baixa, é um sinal encorajador de que a diversificação económica pode estar a ganhar algum impulso".
No mesmo trimestre, registaram-se saídas de capital relacionadas com investimentos angolanos no estrangeiro no valor de 62,4 milhões de dólares. Deste total, 43 milhões de dólares corresponderam ao sector petrolífero e 18,6 milhões ao não petrolífero.
O mesmo analista acrescentou que "o aumento do investimento angolano no exterior, particularmente no sector não petrolífero, pode indicar que empresas nacionais estão a procurar oportunidades de diversificação geográfica e sectorial, o que, a médio prazo, poderá trazer benefícios em termos de transferência de conhecimento e tecnologia".

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