Nesta 12.ª edição do ‘Golfe Solidário’, com o pontapé de saída no próximo fim-de-semana, em Luanda, a Internet Technologies Angola (ITA-Paratus) definiu como meta arrecadar acima de 60 milhões de Kwanzas para apetrechar, desta vez, duas salas de informática de escolas públicas instaladas no Luena, capital do Moxico.
A ITA-Paratus, que lançou a iniciativa em resposta ao seu programa de responsabilidade social, assinala a adesão de equipas que se mostraram interessadas em participar na edição deste ano do torneio tradicionalmente realizado no Mangais Golfe Resort, a Sul da capital angolana.
A corrida pela inscrição de participantes ao torneio foi “tão concorrida”, assegura a organização, que, muito cedo, as vagas disponíveis foram rapidamente esgotadas. “Chegámos a um limite que temos que parar com as inscrições”, afirma o administrador e director-geral da Internet Technologies Angola, Francisco Pinto Leite.
E Carlos Silva, director Comercial da ITA-Paratus, esclarece que, além da componente desportiva, o evento tem o crédito de proporcionar um ambiente de networking corporativo, de confraternização entre colaboradores, patrocinadores e clientes, “sem deixar de criar, de forma directa ou indirecta, um ambiente de negócios; porém, sempre com o foco voltado para acção social, para o contributo às comunidades”.
Se por imperativos competitivos há uma limitação nos clubes participantes, não há fronteiras para patrocinadores. A organização do ‘Golfe Solidário’ sublinha os parceiros já alcançados para a edição de 2025, mas deixa claro que, para a dimensão do desafio, é desejável que um maior número de companhias abrace a causa.
Aliás, não é por acaso que a Internet Technologies Angola, sem, no entanto, colocar reservas às suas responsabilidades enquanto mentora do projecto, tenha de fazer um esforço maior na cabimentação das verbas para responder integralmente ao apetrechamento de salas de informática de escolas estatais, o ‘coração’ da iniciativa.
Francisco Pinto Leite, ao falar recentemente, em Luanda, na cerimónia de lançamento do torneio ‘Golfe Solidário’ versão 2025, informa que, na edição transacta, os valores arrecadados com as inscrições, patrocínios, leilões de peças de arte se cifraram em cerca de 30 milhões de Kwanzas.
“Evidentemente que este valor não cobre todo o investimento que fazemos. Mas, de qualquer forma, a nossa empresa cobre a diferença que é necessária para meter a funcionar os sistemas”, afirma o gestor, que estima em cerca de 70 milhões Kz o global para atender a cada programa de apetrechamento.
Uíge e Cabinda são as províncias atendidas nas últimas duas edições. Antes, a iniciativa atendera províncias como Luanda (na estreia), Benguela, Huíla e Namibe. Contas feitas, os 12 anos de implementação do programa – com interregno em 2020, devido à Covid-19 – permitiram apetrechar cerca de 20 salas de informática de escolas públicas localizadas em zonas com registos de défice acentuado no acesso à internet e aos meios tecnológicos.
Em média, explica o gestor, cada sala é equipada com 20 a 22 computadores, uma sala de aulas com um monitor para professor, com um servidor que congrega todo o sistema e uma rede informática. A escolha das escolas beneficiárias é feita em colaboração com o Ministério da Educação. Mas há outros intervenientes que transformam o programa num “verdadeiro ecossistema”, realça o administrador e director-geral da ITA-Paratus.
Eduardo Mwanafumo, gestor desportivo ligado à referida empresa, detalha que o torneio ‘Golfe Solidário’ tem o apoio técnico do órgão reitor da modalidade no País, e, por esta via, conta com a participação de clubes e jogadores filiados à instituição desportiva nacional. As regras definidas regem-se, assim, pelos padrões do golfo a nível internacional.
Compreendemos que, em algumas situações, as salas carecem de reconstrução física, de obras de ar-condicionado, de energia eléctrica, e temos esse compromisso de manter os sistemas a funcionar na plenitude
E Francisco Pinto Leite continua a descrever o campo de intervenientes do torneio: “Estamos, absolutamente, alinhados com o nosso Ministério de tutela, o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, naquilo que é o Programa de Digitalização Nacional, os vários outros programas, como o próprio AngolaOnline. Portanto, tentamos congregar essa nossa pequena iniciativa naquilo que é a visão do Executivo”.
Sublinha a entrada no projecto do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), que, no caso específico do Luena, destino da próxima assistência, disponibilizou segmentos espaciais para interligação às escolas seleccionadas com capacidade espacial via satélite ANGOSAT-2.
“É um ecossistema que vai desde o institucional ao privado, aos nossos colaboradores, aos nossos clientes, aos nossos parceiros, que formam essa bolha e que nos impelem e que nos movem cada vez mais em não deixarmos de assumir, ano após ano, esse compromisso”, declara Francisco Pinto Leite.
Explica que a implementação do programa não se circunscreve apenas a apetrechar salas de informática: “Não é apenas uma doação única. Temos o compromisso de manter as salas funcionais, [com] entrega de serviço de internet. Compreendemos que, em algumas situações, as salas carecem de reconstrução física, de obras de ar-condicionado, de energia eléctrica, e temos esse compromisso de manter os sistemas a funcionar na plenitude”.
Manutenção e monitoramento no ‘pacote’
O administrador e director-geral da Internet Technologies Angola assegura que não é tudo quanto ao raio de acção de um programa que propicia a promoção de empresas patrocinadoras, através de placares publicitários. Acrescenta que a componente da manutenção e monitoramento consta, igualmente, do desenho do projecto chancelado pela ITA-Paratus.
“A nossa empresa está distribuída pelo País todo e indicamos responsáveis técnicos por essas salas. São eles que, continuamente, vão dando todo o suporte, vão resolvendo as questões, sejas elas do ponto de vista operacional, do ponto de vista técnico; qualquer questão que surja”, garante.
E, à guisa de conclusão, Pinto Leite revela os retornos do programa: “O retorno é o brilho de uma criança sentada frente a um computador, com internet, a investigar (...); ver grupos de crianças a interagir, a irem à internet fazer investigação sobre o corpo humano... Portanto, é muito encorajador percebermos o feedback desde a gestão dessas instituições de ensino, mas, principalmente, dos estudantes”.

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