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JETA Holding apresenta Aliva, New Cognito e Yapama e projecta novos negócios em África

Victória Maviluka
27/6/2025
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Foto:
DR

Holding perspectiva expandir-se pelo território nacional e instalar-se em mais cinco ou seis países de África, com apostas em sectores como saúde e tecnologia financeira.

Duas aquisições e um contrato de gestão, nas áreas de saúde, sistemas financeiros e acesso digital, ‘baptizaram’ a entrada do grupo JETA em Angola, através de uma holding que, agora, controla as empresas New Cognito e Yapama, e assume a gestão do Aliva (ex-Luanda Medical Center),anunciou o grupo em conferência de imprensa realizada nesta sexta-feira, 27, em Luanda. 

Doron Ben Sira, CEO da JETA Holding, principal rosto do encontro com os jornalistas, não precisou quanto custaram estas aquisições. Garantiu apenas que há um potencial de crescimento “muito grande” da holding com estas empresas sob sua jurisdição.

“A JETA chegou ao mercado angolano em Setembro de 2024, é uma empresa nova. Relativamente aos [volumes de] investimentos, são questões que ainda estamos a processar, mas foi um investimento volumoso. Temos a possibilidade de impactar milhões de pessoas com saúde digital, literacia financeira, adesão aos sistemas financeiros”, afirmou. 

Reforçou a satisfação com o negócio fechado: “Foram duas aquisições e um contrato de gestão. Sabíamos que havia um potencial de crescimento. Estou muito contente com aquilo que tem sido o nosso crescimento; chegados em Junho, podemos garantir que tivemos um grande crescimento em relação ao ano passado”.

Apesar de recentemente se ter estreado no mercado nacional, o grupo encara com entusiasmo as oportunidades de negócio que o mercado angolano proporciona, e está disposto a avançar com mais aquisições.

“Estamos em conversações e a conhecer algumas empresas para que possamos investir; se vai acontecer em 2025 ou no próximo ano, não sabemos. A nossa perspectiva é que consigamos adquirir maioritariamente ou na totalidade estas empresas. Vamos avançar!”, declarou Doron.

O plano passa, assim, não só por aumentar o portfólio da empresa, como, também, levar os seus serviços a mais paragens do território nacional. Nesta altura, os trabalhos de sondagem permitiram identificar oportunidades de implantação, por exemplo do Aliva, em duas províncias. Entretanto, não estando tudo fechado, o grupo evita revelar mais pormenores.

“Não temos ainda nada assegurado, mas estamos a estudar duas províncias. Precisamos entender o mercado antes de nos instalarmos. Temos, sim, previsões de chegar a outras províncias”, asseverou, por sua vez, Justin Gavanescu, CEO do Grupo Aliva, empresa presente no mercado angolano há 10 anos através da versão Luanda Medical Center.

Sérgio Lopes, CEO da New Cognito, por sua vez, realçou que, não obstante a representação do grupo noutras províncias estar ainda por acontecer, a empresa tem projectos à escala nacional e em diferentes sectores de actividade.

“Temos, por exemplo, projectos com Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), naquilo que são os centros de formação profissional, ajudando a modernizá-los”, especificou o líder da companhia que opera no País há mais de 20 anos.

Mas, simultaneamente aos estudos do mercado nacional, a JETA Africa Holding, que elegeu Angola como base da sua presença no continente, está apostada em conquistar novos terrenos em África. E, através da Yapama, empresa vocacionada para soluções tecnológicas para a área médica, está já presente na Costa do Marfim e no Senegal. 

Estão em curso negociações para expansão, no intervalo de um ano, em mais cinco ou seis países africanos, aos quais o grupo pretende levar serviços ligados sobretudo à fintech, actuando na tecnologia financeira. Tanzânia, Quénia e Uganda fazem parte do alvo desta política expansionista da JETA Holding no continente africano.

Os critérios desta escolha não fogem aos usados para instalação no mercado marfinense e senegalês: países que ofereçam perfis demográficos promissores e influência regional, alinhando-se com a ambição do grupo de construir uma presença africana interligada, descreveu a principal figura do ‘bord’ do grupo fundado por Haim Taib, também fundador do Grupo Mitrelli.

É, aliás, por esta razão que a JETA Holding tem no Grupo Mitrelli um parceiro estratégico na afirmação no mercado nacional, não obstante serem empresas independentes, autónomas, como Doron Ben Sira fez questão de esclarecer quando questionado pela revista Economia & Mercado. 

“A Metrelli actua, essencialmente, a trabalhar com o Governo, muito mais nas infra-estruturas, nos projectos de grande escala, como hospitais. A JETA vem numa perspectiva de serviço agregado. Elas caminham lado a lado, apoiam-se. A Metrelli constrói e a JETA apoia nos serviços paralelos. Mas, em termos de actuação no mercado, estamos mais focados no sector privado”, explicou.

CEO da JETA Africa Holding com CEO da New Cognito (à esquerda) e CEO da Aliva, à direita

Centenas de quadros, 95% dos quais nacionais

Doron Ben Sira confidenciou que, ao chegar a Angola, algumas vozes sugeriram-no a olhar, sobretudo, para o mercado internacional na política de contratação de quadros. Porém, os dados chegados à sua mesa deram-lhe garantia da aposta na ‘prata da casa’.

“Pessoalmente, já trabalhei em mais de 50 países e digo-vos, por experiência própria, que Angola tem extraordinários quadros, tem pessoas muito competentes”, afirmou, como justificativa de 95% dos cerca de 600 quadros da holding serem nacionais.

“Vamos continuar a investir neles, quando abrimos mais farmácias, laboratórios; quando oferecemos mais serviços… Há uma forte aposta naquilo que são os recursos humanos locais, e esta tem sido uma das nossas matrizes”, sublinhou o CEO da JETA Africa Holding.