O Presidente da República, João Lourenço, anunciou, nesta terça-feira, 20, em Genebra, na Suíça, que o Estado angolano assumirá um contributo na ordem dos 8 milhões de dólares para financiamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Durante o seu discurso na 78.ª Assembleia Anual da instituição sanitária internacional, o Chefe de Estado angolano e presidente em exercício da União Africana afirmou que o continente tem o dever de proteger e reforçar a OMS, órgão que “continua a ser o parceiro essencial especialmente em momentos de necessidade, de aflição”.
João Lourenço sublinhou a “grande utilidade e oportunidade” dos programas técnicos sob a égide da agência internacional especializada em Saúde, particularmente os seus sistemas de “alerta precoce” e as suas operações no terreno, que, para o estadista angolano, “não podem ser postas em causa por indefinições de natureza financeira e muito menos política”.
“Não tenhamos dúvidas de que o mundo precisa de uma Organização Mundial da Saúde mais forte, com financiamento sustentável e previsível, para garantir a sua plena operacionalidade. A OMS continua a ser a única instituição com um mandato universal para proteger a saúde global e promover a equidade”, considerou.
Não obstante esta realidade, observou o Presidente angolano, a OMS opera actualmente com um modelo de financiamento em que apenas 18% do seu orçamento programático é coberto por contribuições fixas e previsíveis, pelo que afirmou que África “está unida” em apoio à proposta de aumento das contribuições fixas.
“Porque apostar na OMS não constitui um acto inútil, mas, sim, um investimento estratégico no futuro da humanidade. Investir na OMS é, também, um compromisso com a segurança global, com a prosperidade mútua e com um mundo menos vulnerável”, realçou.
Face a esta realidade, referiu, Angola “tem a honra de se juntar aos 14 países africanos que já prometeram contribuições para a Ronda de Investimentos da OMS e tem o prazer de anunciar aqui uma contribuição no valor de 8 milhões de dólares americanos”.
João Lourenço apelou, assim, aos países membros da organização para que reforcem as suas contribuições, num gesto “responsável de solidariedade global”, a fim de compensar os apoios retirados à Organização Mundial da Saúde e garantir que a instituição continue a cumprir o seu papel “vital na protecção da saúde dos povos”.
Recorde-se que a Administração Trump anunciou, no início deste ano, tão logo assumiu o poder, o corte de cerca de 500 milhões USD que os Estados Unidos canalizavam anualmente para a Organização Mundial da Saúde, e a consequente retirada do país da instituição sanitária internacional.

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