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Jogos de azar superam outras formas de entretenimento nos gastos dos sul-africanos

Adnardo Barros
11/9/2025
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Foto:
DR

O crescimento exponencial do sector está intimamente ligado à proliferação de aplicativos de apostas e plataformas online.

Os sul-africanos gastam actualmente mais dinheiro em jogos de azar do que em qualquer outra actividade de entretenimento. A conclusão é de um novo estudo da Statistics South Africa (Stats SA), que mostra um crescimento acentuado da indústria de apostas online no país.

De acordo com os dados, o sector de jogos de azar expandiu-se mais de 1400% entre 2018 e 2023, passando de 10,1 mil milhões de rands (cerca de 560 milhões de dólares) para 152,6 mil milhões de rands (aproximadamente 8,5 mil milhões de dólares). Este crescimento posiciona o jogo como um dos sectores de mais rápido desenvolvimento na indústria de serviços pessoais da África do Sul, superando áreas como serviços educativos ou produção de eventos.

A análise aos gastos domésticos revela que 54,5% do dinheiro destinado a actividades de lazer como desporto, ginásios, jogos, livros e bilhetes para eventos é canalizado para apostas. Este valor inclui lotarias, casinos, apostas desportivas, bingo e máquinas de pagamento limitadas. Em comparação, os ginásios representam apenas 5,9% desses gastos, e a aquisição de bilhetes para eventos desportivos não ultrapassa 1%.

O crescimento exponencial do sector está intimamente ligado à proliferação de aplicativos de apostas e plataformas online, que facilitam a realização de apostas através de telemóveis a qualquer momento.

A Stats SA alerta, contudo, que o volume de negócios do sector que somou 191,4 mil milhões de rands (cerca de 10,6 mil milhões de dólares) em 2023, é gerado a partir das perdas dos apostadores. A entidade sublinha que estes números levantam questões sobre a pressão financeira que a actividade pode exercer sobre as famílias, especialmente num contexto de aumento do custo de vida.

A indústria de jogos de azar aproxima-se agora, em volume de negócios, de sectores fundamentais como o da saúde, ilustrando a sua rápida integração no quotidiano da população.