As hostilidades entre a República Democrática do Congo (RDC) e o Rwanda estão longe de terminar, apesar da intervenção directa dos Estados Unidos da América (EUA) e da, mais recente mediação de Doha, sob chancela do emir do Catar, Sheikh Tamim bin Hamad Al Thani, em Março de 2025.
O desentendimento entre os dois países limítrofes da região dos Grandes Lagos estendeu-se para o campo das relações internacionais, facto que terá motivado o Rwanda a anunciar, no dia 08 de Junho de 2025, a saída da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC).
Em comunicado tornado público, o governo ruandês, liderado por Paul Kagame, disse lamentar a instrumentalização do bloco económico regional por parte da RDC, com quem anda de costas voltadas pelo (suposto) apoio ao grupo rebelde Movimento 23 de Março, vulgo designado por M23.
“Esse desvio veio à tona mais uma vez hoje no contexto da 26ª Cúpula em Malabo, onde o direito de Rwanda à presidência rotativa, conforme estabelecido no artigo 6º do tratado, foi deliberadamente ignorado para impor o diktat da RDC”, desabafou o governo ruandês no comunicado.
O Rwanda, no âmbito dos estatutos do bloco económico regional (CEEAC), deve assumir a presidência rotativa no próximo ano, mas as autoridades da RDC presentes na última cúpula, realizada no dia 08 de Junho de 2025, disseram que jamais participariam do evento agendado para Kigali.
Face ao diferendo entre os países, motivado pelos acontecimentos no teatro das operações militares no Leste da RDC, onde o governo congolês perdeu o controlo do Kivu Norte e Kivu Sul para o M23 por causa do Ruanda, a organização decidiu transferir a presidência à Guiné Equatorial.
Caso o Rwanda saía, a CEEAC estará reduzida a 11 Estado-membros (Angola; RDC; Burundi; Camarões; República Centro Africana; República do Congo; Gabão; Guiné Equatorial; Chade; São Tomé e Príncipe).

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