A medida do BNA, como asseguram analistas, terá sido parte de um pacote (monetário, fiscal ou regulatório), precedido de programas de crédito mais acessível, investimento público ou redução de restrições financeiras. O banco central baixou para 19% a taxa básica de juro, em Setembro de 2025.

O incremento de 3,3% da liquidez em Agosto, conforme analistas, terá sido uma medida (prática) para evitar “congestionamento” na economia real, face à forte presença do sector informal cujos pagamentos electrónicos ou bancários são menos usados. O objectivo foi garantir mais numerário.      

Apesar do aumento da liquidez traduzir-se no incremento do consumo e da produtividade, implica riscos, sobretudo quando está desalinhado com o crescimento da oferta de bens e serviços, podendo gerar inflação. Tal facto, segundo analistas, corrói o poder de compra e reduz o impacto do estímulo.

Na eventualidade da liquidez for “episódica” ou mal coordenada com políticas cambiais, orçamentais ou de crédito, pode se tornar insustentável, podendo inclusive gerar desequilíbrios económicos (insustentabilidade).    

Ainda para crítica, injectar numerário tem impacto se os demais canais (crédito, confiança e regulação) estiverem funcionando. Caso haja entraves na concessão de crédito, instabilidade cambial ou riscos regulatórios, o efeito pode ser reduzido. (Eficácia limitada da estratégia).        

O aumento da liquidez fora dos parâmetros anunciados, conforme a crítica, pode levar os agentes económicos a antecipar novas injecções e aumentar gastos de modo especulativo, o que pode distorcer sinais reais da economia.