A empresa Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) registou lucros na ordem dos 46,6 milhões de dólares (2,9 mil milhões de meticais) em 2023, um crescimento de 26%, se comparado com os 35,6 milhões de dólares (2,3 mil milhões de meticais) contabilizados em 2022, indicam dados do relatório e contas da instituição.
Citado pelo Diário Económico, o documento explica que o desempenho económico-financeiro respeitante ao exercício económico de 2023 foi positivo, não obstante as intempéries, em particular a passagem do ciclone Freddy que assolou com grande intensidade a zona centro de Moçambique, “tendo impactado negativamente no transporte ferroviário, no manuseamento portuário de mercadorias e passageiros”.
Além disso, o documento recorda que a passagem do ciclone Freddy levou à paralisação das operações nos Terminais de Petróleo e Carvão da Beira e dos Serviços Marítimos por um período de dez dias durante o mês de Março, destacando que as operações ferroviárias ficaram seriamente afectadas com a paralisação da Linha de Sena durante 35 dias, o que terá condicionado o tráfego de carvão e o seu manuseamento, gerando prejuízos de até 506 milhões de meticais.
“A região sul do país também enfrentou inundações que resultaram em descarrilamentos na Linha de Ressano Garcia e Goba, impactando negativamente o desempenho ferroviário durante o primeiro semestre de 2023. Os prejuízos gerados foram avaliados em 1,9 milhões de meticais”, lê-se.
De acordo com o Diário Económico, o relatório clarifica ainda que a administração dos CFM decidiu aplicar 65% dos lucros em reservas, e os restantes 35% no pagamento de dividendos ao Estado. “No mesmo período, foram investidos mais de 8,7 mil milhões de meticais na melhoria dos equipamentos ferro-portuários”, acrescenta.

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