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Lula afasta conversa com Trump e propõe resposta dos BRICS às tarifas: “Não me vou humilhar”

Victória Maviluka
7/8/2025
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Foto:
DR

Presidente brasileiro acusou Jair Bolsonaro de ser o responsável por estas tarifas extraordinárias impostas pelos EUA ao Brasil, ao procurar o apoio político de Donald Trump.

As novas tarifas dos Estados Unidos impõem 50% de imposto sobre produtos brasileiros a partir desta quinta-feira, 07, e o Presidente do Brasil não está disposto a sentar-se com Donald Trump para rever a medida. Lula da Silva pretende mobilizar os líderes do BRICS para uma resposta conjunta às tarifas impostas pelos EUA. 

“No dia em que a minha intuição disser que Trump quer conversar, eu ligo. Hoje, ela diz que ele não quer. E eu não me vou humilhar”, referiu o estadista brasileiro, que criticou a postura de Trump nos episódios em que este humilhou outros líderes mundiais como o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o Chefe de Estado sul-africano, Cyril Ramaphosa.

O Presidente brasileiro deixou, contudo, em aberto um possível encontro com Donald Trump na Assembleia Geral das Nações Unidas, e avançou que o Brasil poderá levar uma queixa conjunta à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Lula da Silva acusou o ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de ser o responsável por estas tarifas extraordinárias impostas ao Brasil, ao procurar o apoio político de Trump: “Bolsonaro deveria ser julgado novamente por provocar esta interferência. Foi um traidor da pátria”.

O Presidente brasileiro referiu, citado pelo Observador, que o seu governo está a estudar formas de tributar empresas norte-americanas em pé de igualdade com as brasileiras, nomeadamente no sector tecnológico. 

Revelou planos para uma nova política nacional para os recursos minerais estratégicos do país, com o objectivo de deixar de exportar matéria-prima crítica sem retirar o devido valor acrescentado, para quem esta ideia assenta numa “questão de soberania nacional”.

Em relação à pretensão de mobilizar líderes dos BRICS (grupo que reúne vários países emergentes, nomeadamente Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), disse não haver ainda uma coordenação no seio da coligação, mas garantiu que “vai haver” este alinhamento.