Mais de sete em cada dez CEOs (74%) em Angola afirmam que a Inteligência Artificial (IA) constitui uma prioridade de investimento nas suas organizações, segundo Bruno Oliveira, associate partner de Technology Consulting da KPMG Angola.
Falando esta quarta-feira, 19, durante a VIII Conferência E&M sobre Transformação Digital, o especialista explica que, ao mesmo tempo, se regista um aumento do número de executivos globais (79%) e angolanos (93%) que preveem retorno do investimento num período entre um e cinco anos, representando uma mudança relevante face ao ano anterior, quando a maioria dos líderes não antecipava retorno antes de três a cinco anos.
Refere que os níveis de investimento em Angola variam de forma expressiva: 33% das empresas gastam menos de 10% do orçamento anual em IA; 25% investem entre 10% e 20%; 8% alocam entre 20% e 30%; e outros 33% destinam entre 30% e 40% dos seus recursos à tecnologia.
Além disso, explica que 87% dos líderes revelam preocupação com questões éticas associadas à adopção da IA, valor superior aos 59% registados a nível global. A mesma percentagem (87%) identifica a preparação dos dados como um dos principais riscos, face aos 52% no cenário internacional.
Para 67% dos CEOs em Angola, como descreve o documento apresentado pelo especialista, o ritmo da regulamentação poderá igualmente constituir uma barreira ao sucesso, comparativamente aos 50% observados no plano global.
Acrescenta que, apesar das preocupações, os impactos já começam a ser visíveis, sublinhando que a grande maioria dos líderes empresariais reporta melhorias claras nas operações: “97% afirmam estar a registar ganhos de produtividade, 94% identificam aumentos na rentabilidade e 91% observam melhorias na qualidade do trabalho produzido pelos colaboradores”.

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