Dezoito projectos financiados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) foram alvos de reclamação pelos países africanos beneficiários, por falhas consideráveis na execução destes programas.
O Mecanismo de Revisão Independente do BAD acolheu informações preocupantes sobre os desafios que os países africanos enfrentam na implementação de projectos de desenvolvimento.
Estas reclamações, segundo o Le360, destacam a importância crucial de reforçar a responsabilização, a transparência e o respeito pelas normas ambientais, sociais e de governação, a fim de garantir o desenvolvimento sustentável e equitativo no continente africano.
Os projectos da 4.ª ponte de Abidjan e da auto-estrada periférica Y4, na Costa do Marfim; do comboio expresso regional Dakar-Diamniadio e da central eléctrica a carvão de Sendou, no Senegal; da central hidroeléctrica de Nachtigal, nos Camarões, ou ainda da central hidroeléctrica de Medupi, na África do Sul, não tiveram desfecho desejável.
Pior ainda, observa o portal marroquino, foram objecto de queixas em 2023, relacionadas com diversas questões, tais como compensações inadequadas, impactos ambientais e sociais negativos, desvios de verbas, violações dos direitos humanos e consultas públicas inadequadas.
Intitulado ‘Inovações na Responsabilidade’, o relatório ressalta o papel crucial do Mecanismo de Recursos Independentes como responsável pela análise de reclamações relacionadas com as operações do banco.
Assim, no ano passado, o programa recebeu um número recorde de 18 reclamações relativas a projectos financiados pelo banco em 17 países africanos, incluindo Egipto, Benin, Uganda, Quénia, Togo, Guiné, Mali, Camarões e Essuatíni.
Estas queixas destacam os desafios persistentes para alcançar o desenvolvimento sustentável e inclusivo no continente, lê-se na matéria consultada pela revista Economia & Mercado.

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