A crescente digitalização e a segurança da informação, nomeadamente a protecção de dados e cibersegurança, são uma preocupação crescente, expondo as instituições a novos riscos que exigem medidas cada vez mais robustas de protecção e mitigação, alertou Ricardo Santos, Country Senior Partner da PwC.
Para o especialista da consultora, que procedia às palavras de boas-vindas aos participantes da 3.ª edição da Angola Banking Conference, que se realiza nesta quarta-feira, 28, em Luanda, as tecnologias emergentes, nomeadamente a IA, estão a redefinir a forma como a banca faz negócio, como se relaciona com os seus clientes, como gera o risco, como garante a segurança dos seus sistemas e como cumpre a regulamentação do sector.
“Este pode ser um factor disruptivo para Angola e que pode contribuir, de forma muito significativa, para materializar o potencial de crescimento e desenvolvimento do País e para o desenvolvimento do sector bancário, que dê resposta eficaz às necessidades do mercado e que possa, também, estar integrado de forma competitiva num cenário global”, realçou.
Durante o fórum que decorre sob o tema ‘O Papel da Inteligência Artificial no futuro da banca’, Ricardo Santos sugeriu reflexões sobre alguns dos principais desafios e oportunidades do País e do sector bancário, por forma a desenvolver estratégias eficazes para a adopção das novas soluções tecnológicas.
Do lado dos desafios, observou no evento organizado pela revista Economia & Mercado e pela consultora PwC, a implementação de novas tecnologias, incluindo serviços mais escaláveis, exige investimento e conhecimento e que implica frequentemente ultrapassar a resistência à mudança que existe nas instituições.
De acordo com o Country Senior Partner da PwC, as fórmulas tradicionais de desenvolvimento e de condução de negócios revelam-se cada vez mais ineficazes e, por isso, a capacidade de inovação e a fluência tecnológica dentro das organizações são cada vez mais factores críticos para o sucesso.
“Do lado das oportunidades, vemos o perfil demográfico de Angola, com uma população extremamente jovem, tem permitido uma crescente e rápida adopção das novas tecnologias, o que representa um enorme potencial para expandir os serviços bancários digitais”, considerou.

Por outro lado, observou Ricardo Santos, a baixa taxa de bancarização em Angola, “sempre apontada, aliás, como um desafio para o País, é, também, uma enorme oportunidade de crescimento” para o sector financeiro.
Conjecturou, por conseguinte, que as entidades que melhor conseguirem inovar e utilizar a tecnologia para ter novos consumidores “ganharão, seguramente, uma enorme vantagem competitiva” no mercado.
“Adicionalmente, a vertiginosa revolução tecnológica que temos assistido nos últimos anos tem tornado muito mais acessível um conjunto alargado de ferramentas e soluções”, disse Country Senior Partner da consultora internacional.
Para Ricardo Santos, algumas dessas soluções são “verdadeiramente disruptivas” e têm sido utilizadas por muitas organizações para transformar os seus negócios, melhorar a experiência com os seus clientes e conseguir simultaneamente “enormes ganhos de eficiência”.
Finalmente, concluiu, a capacidade e versatilidade das soluções tecnológicas actualmente existentes fazem delas “um poderoso instrumento” ao dispor das instituições bancárias nos seus processos internos, incluindo a gestão de risco e compliance, podendo torná-las “muito mais eficazes e eficientes”.

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