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Mercado global de eventos virtuais deve atingir os 216 mil milhões USD em 2024

Victória Maviluka
30/5/2024
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DR

Volume financeiro dos eventos virtuais deve chegar, até 2029, aos 657 mil milhões USD, criando novas oportunidades de negócio e abrindo portas a soluções cada vez mais globais.

O mercado global de eventos virtuais deve registar, no decurso deste ano, um volume de negócios de 216 mil milhões de dólares em 2024, segundo perspectiva do Annual innovation Summit (AiS).

O AiS estima, num documento a que a revista Economia & Mercado teve acesso, que, até 2029, o volume financeiro gerado pelos eventos virtuais deve chegar aos 657 mil milhões USD, criando novas oportunidades de negócio e abrindo portas a soluções cada vez mais globais.

“Este crescimento assenta essencialmente na crescente preferência das empresas e das pessoas por eventos virtuais, como videochamadas, chats ao vivo, videoconferências e reuniões online, como parte das suas actividades diárias de negócios, formação e até lazer”, sublinha a Desk-Research AiS24 sobre ‘Eventos Virtuais - Mercado, Impacto e Benefícios’.

Refere que a rápida difusão das plataformas online na última década, e dos eventos online, em particular durante e pós-pandemia da Covid-19, resulta em grandes benefícios e oportunidades económicas. 

O estudo realça que o grande alcance da world wide web e das transacções de baixo custo que esta permite, nomeadamente com as plataformas online que, hoje em dia, ligam cada vez mais pessoas e empresas, em detrimento dos espaços físicos, facilita as trocas de conhecimento, de serviços e de produtos a nível local, regional e global.

Por esta razão, o resultado da pesquisa assegura que os eventos virtuais vieram para ficar: “Estudos indicam que 92% dos organizadores de eventos mudaram para o virtual em 2021, sendo que 94% planearam mais eventos virtuais em 2022 e 48% tencionavam aumentar o número de eventos virtuais nos próximos anos”.

O documento elenca que uma das principais vantagens das conferências virtuais é a sua acessibilidade e inclusão a nível mundial, ao contrário dos eventos presenciais tradicionais, que muitas vezes, exigem viagens longas.

“Os eventos em linha permitem a participação de participantes de todo o mundo sem as limitações geográficas. Esta característica não só alarga o alcance das conferências, como também promove um ambiente mais diversificado e inclusivo para os participantes, permitindo uma disseminação mais abrangente do conhecimento e um alargamento do scope do networking”, destaca.

Poupança de despesas

O Annual innovation Summit realça que a participação numa conferência virtual reduz significativamente os encargos financeiros e de tempo normalmente associados às conferências tradicionais.

“Mais de ¼ das organizações vê um maior ROI [retorno do investimento] e envolvimento em resultado dos eventos virtuais. Nos dias de hoje, os eventos virtuais ou híbridos já não são apenas uma resposta à pandemia, mas uma estratégia de crescimento”, lê-se no documento. 

O estudo descreve o maior envolvimento dos participantes, o maior número de inscrições e o melhor retorno do investimento (ROI) como as três principais vantagens dos eventos virtuais, comparativamente aos presenciais.

Acrescenta que pesquisas apontam que as pessoas vão aos eventos virtuais para aprender, não para socializar: “Enquanto os participantes vão a eventos presenciais para estabelecer relações (39%), o principal objectivo dos eventos virtuais é aprender sobre a empresa/produto/serviço (36%) e formação geral (36%). A criação de novas relações está em terceiro lugar na lista de eventos virtuais, com apenas 15% dos votos”.

Mais-valia para o meio ambiente e acessibilidade

Numa perspectiva comparativa, o AiS observa que, em contraste com os eventos tradicionais, as conferências virtuais também oferecem uma vantagem distinta ao reduzirem as restrições de tempo normalmente associadas às conferências presenciais. 

“Nos eventos tradicionais, a conciliação da agenda entre as sessões pode criar uma limitação de tempo, tornando difícil estabelecer contacto com todas as pessoas que os participantes gostariam de conhecer. Além disso, a logística física de circular em locais lotados, localizar pessoas específicas e coordenar horários pode ser esmagadora e, por vezes, contraproducente”, sublinha.

O estudo cita dados recentes segundo os quais existe uma satisfação com a transição para os eventos virtuais, sendo que 73% dos inquiridos indicaram que estão satisfeitos com a experiência que tiveram ao participar em eventos virtuais e 93% dizem que as empresas fizeram bem em passar eventos presenciais para virtuais.

“Ao eliminar a necessidade de grandes deslocações e ao minimizar o desperdício de papel gerado pelos materiais impressos, as conferências virtuais contribuem para a conservação dos recursos naturais e para a redução das emissões de gases com efeito de estufa”, ressalta.

A pesquisa apresenta os eventos virtuais como uma via de acessibilidade, porquanto estes permitem que as pessoas com deficiências ou limitações físicas participem plenamente, eliminando as barreiras que poderiam enfrentar em eventos presenciais.

Focado na inovação e a tecnologia

O Annual Innovation Summit "AiS" (anteriormente Angola Innovation Summit) descreve-se, na sua página online, como uma rede global de conhecimento que promove a consciencialização sobre a Inovação e a Tecnologia como factor-chave para competitividade das organizações, modernização dos mercados e para o desenvolvimento económico e social.

Num formato digital e televisivo, o AiS disponibiliza conhecimento sobre inovação e tecnologia, experiência imersiva, visibilidade e networking qualificado, conectando renomados especialistas, líderes empresariais, policymakers, investidores, startuppers e académicos em qualquer parte do mundo, com atenção especial ao espaço lusófono africano (PALOP).