A ministra das Finanças salientou, ainda, durante a sua intervenção no acto de abertura do 11º Conselho Consultivo do Ministério das Finanças, que vai decorrer durante três dias, que a recuperação do crédito malparado permitirá, também, uma participação mais efectiva na inclusão financeira e no financiamento à economia.
Dados do sector bancário indicam que o volume de crédito malparado na banca angolana mais do que duplicou entre 2015 e 2018.
“O crédito malparado atingiu níveis alarmantes e a culpa não pode morrer solteira”, afirmou a dirigente.
O crédito malparado, em Angola, subiu exponencialmente, tendo atingido as percentagens de 13,9% (2013), 15,1 (2014), 17,3(2015), 25,4 (2016) e 33,3 (2017).
Do total de crédito malparado de 2017, segundo a ANGOP, pelo menos 84% coube ao Banco de Poupança e Crédito (BPC) e os restantes 16% dos outros bancos comerciais.
O rácio de crédito malparado, em Angola, está acima da média africana, refere a agência.
Assim, Angola tinha em 2017 o correspondente a 32%, enquanto o Ghana tinha 22%, Nigéria (15), República do Congo (12), Quénia (10), Uganda(6), África do Sul (3) e Namíbia (2).
Na vertente das finanças públicas, a ministra da Finanças reafirmou a continuidade do processo de remoção dos subsídios operacionais e a preços nas empresas, justificando que os subsídios são como “leite materno” e que as empresas devem atingir a fase de maturação.
No que respeita às despesas, afirmou que se deve tributar melhor, através da eliminação da ineficiência, alargamento da base tributária, corrigir a evasão fiscal e a informalidade.
Para Vera Daves, a aposta na consolidação fiscal deve ser uma acção conjunta entre todas as unidades orçamentais e os órgãos do Estado e constitui uma condição necessária para desenvolver a economia nacional e alcançar a prosperidade.
Segundo a dirigente, é importante regular, supervisionar mais e intervir menos, apoiar na desburocratização da actividade empresarial, pela via da eficiência fiscal e da modernização do aparelho tributário e da qualidade do serviço do contribuinte.
No seu discurso, afirmou ser importante o sacrifício comum e não o desperdício de recursos para se alcançar a consolidação fiscal e o consequente benefício para população.

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