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Moçambique aprovou 115 projectos de investimento avaliados em 5 mil milhões USD até Junho

Hermenegildo Langa
1/9/2025
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Foto:
DR

Dos projectos aprovados, destaque vai para o Green Energy Moçambique de processamento de minerais, com um investimento total de 3 mil milhões de dólares.

O Governo moçambicano autorizou, no primeiro semestre do presente ano, 115 projectos de investimento, orçados em aproximadamente 5 mil milhões de dólares (316 mil milhões de meticais), com potencial de criar cerca de 17 mil postos de trabalho.

A informação foi avançada este sábado (30), pela primeira-ministra moçambicana, Benvinda Levi, durante o encerramento da 60.ª edição da Feira Internacional de Maputo – FACIM 2025 que decorreu desde segunda-feira (25) no Centro Internacional Feiras e Exposições de Ricatla, localizado no distrito de Marracuene, província de Maputo.

“Dos projectos aprovados, destaque vai para o Green Energy Moçambique, com um investimento total de 3 mil milhões de dólares (189,6 mil milhões de meticais) e potencial de gerar 10 mil postos de trabalho”, assinalou a governante.

O projecto visa a construção e gestão de um parque industrial composto por unidades de processamento de minerais para a produção de dióxido de titânio, alumínio, aço, cimento, baterias, painéis solares, entre outros a serem implantados na província de Sofala.

“O investimento directo nacional totalizou o valor de cerca de 144 milhões de dólares (9,1 mil milhões de meticais), isto é, 3,65% de investimento privado, no primeiro semestre do presente ano”, acrescentou.

Para o Investimento Directo Estrangeiro, que veio de 25 países, o volume total atingiu uma cifra de mais de 3,2 mil milhões de dólares, o que corresponde a 82% do investimento total aprovado. Os investimentos beneficiam, em grande parte, os sectores da indústria, transporte e comunicação e serviços.

Para o Governo moçambicano, os dados apresentam sinais positivos de recuperação gradual das actividades económicas, após um período de contracção, registado no quarto trimestre de 2024 e no primeiro do ano em curso. Entre os factores que ditaram a contracção da economia, o destaque vai para choques climáticos e tensão pós-eleitoral.

Falando da FACIM 2025, a primeira-ministra afirmou que a exposição de bens e serviços nos diversos pavilhões na feira reflectiu “o pulsar da economia”, destacando a importância dos seminários e eventos temáticos destinados à promoção de investimentos para o aumento da produção, abastecimento do mercado interno e das exportações.

No seu discurso de encerramento, a governante anunciou a participação de 2 334 expositores nacionais, 180 estrangeiros provenientes de 28 países, representantes do Estado e do sector privado de todas as províncias.

Levi sublinhou que na sua visita aos diferentes pavilhões atestou a elevação da criatividade, qualidade, inovação e diversificação dos bens e serviços expostos, com destaque para os produtos agrícolas, manufacturados, serviços de comunicação e tecnologias de informação, serviços de saúde, indústria cultural e criativa.