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Moçambique: Lucros da companhia de hidrocarbonetos encolhem 15,5%

Sebastião Garricha
18/9/2024
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DR

No ano fiscal anterior, encerrado em Junho de 2023, a empresa reportou lucros de 4,1 mil milhões de meticais, representando um aumento de 75% face ao encaixe de 2022.

A Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) registou uma queda de 15,5% no seu lucro, que totalizou 3,4 mil milhões de meticais (pelo 54,7 milhões de dólares) no ano fiscal terminado em Junho de 2024, conforme indicado no relatório e contas da empresa.

Citado pela Lusa, o documento refere que a redução foi atribuída a vários factores exógenos, nomeadamente à conjuntura geopolítica internacional e à flutuação dos preços das mercadorias no mercado global.

Comparativamente ao ano fiscal anterior, encerrado em Junho de 2023, a empresa tinha reportado lucros de 4,1 mil milhões de meticais, representando um aumento de 75% face a 2022. Contudo, como escreve a Lusa, o exercício deste ano foi marcado por desafios operacionais que impactaram a produção de gás natural e condensado na central de produção de Temane, na província de Inhambane, o que se reflectiu numa queda significativa das receitas.

Segundo o relatório, o declínio das reservas iniciais dos campos de gás, aliado aos desafios operacionais, contribuiu para o decréscimo nos volumes de produção, com efeitos directos sobre as receitas. Além disso, explica que o aumento dos investimentos necessários para sustentar a produção e os riscos associados à implementação de novos projectos de compressão de baixa pressão, nomeadamente no campo de Pande, também exerceram pressão sobre os resultados da CMH.

A administração da empresa destacou, no entanto, que a mesma está comprometida em desenvolver e implementar acções de investimento para assegurar a continuidade da produção e fornecimento de gás natural a longo prazo. Entre os projectos em curso, inclui-se a execução de novos furos e a instalação de compressores adicionais no âmbito do Programa de Extensão do Plateau e Optimização de Produção (PEDOP).

A Lusa diz que, para financiar a sua participação nestes projectos, a CMH garantiu uma linha de crédito de médio prazo no valor de 3,1 mil milhões de meticais, junto de bancos comerciais. O objectivo é manter a sustentabilidade da produção de gás natural e cumprir os compromissos comerciais assumidos ao abrigo dos contratos vigentes.