O Governo espera que o sector extractivo, no País, registe um crescimento 5,4% até Dezembro, sustentado pelo aumento da produção do gás natural, grafite, rubi, calcário, materiais de construção e do carvão mineral.
A estimativa consta na proposta de Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) 2025 que assinala igualmente que o crescimento da produção da grafite e do calcário deverá se fixar em 20% e 15%, respectivamente.
“Para a grafite, o aumento será impulsionado com a entrada da produção da DH Mining em Niassa. Já para o calcário, o crescimento é explicado pelos níveis significativos da produção e a retoma de actividades de uma empresa titular de licenças”, refere o documento a que a Revista Economia e Mercado (E&M) teve acesso.
Durante este exercício económico, o Executivo moçambicano espera uma receita de 214,7 milhões de dólares provenientes da produção do gás natural, o que equivale a um crescimento de 11% quando comparado com o resultado alcançado em igual período do ano passado.
“O grupo de hidrocarbonetos, produto determinante para o nível de crescimento da produção global para a indústria extractiva, perspectiva um desempenho positivo, motivado pelo crescimento da produção do gás natural liquefeito na ordem de 5%, como resultado da estabilidade na produção alcançada após à realização do teste de desempenho da infra-estrutura”, assinala o proposta.
De acordo com o documento que está a ser analisado esta semana, no Parlamento, a produção de rubis, que se estima um crescimento de 5%, deverá render ao País quase 4,2 milhões de dólares contra os anteriores 3,9 milhões. Este aumento é sustentado pelo incremento da capacidade da planta de processamento anunciada pela Montepuez Ruby Mining (MRM) e detida em 75% pela Gemfields e em 25% pela Mwiriti Limitada, uma empresa moçambicana em 2023, que permitirá triplicar a capacidade de processamento dos rubis, passando das actuais 200 toneladas por hora (t/h) para 600 toneladas.
Em relação à produção de carvão mineral, o PESOE - 2025 projecta para este ano, um crescimento médio na ordem de 10%, motivado pela volatilidade de preços no mercado internacional e o aumento da comercialização de energia limpa em detrimento do carvão mineral.
Adicionalmente, no plano de produção do ouro, Moçambique perspectiva para este ano, um crescimento de 1% face ao exercício realizado em 2024, como resultado da retracção das empresas mineiras de produção de ouro (na província de Manica), depois da queima e vandalização das instalações na Associação de Mineradores de Bandire durante as manifestações.

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