O Botswana anunciou nesta quinta-feira, 10 de Julho, que o pula, moeda do país, deverá desvalorizar 2,76% ao longo do próximo ano, numa taxa mais rápida do que a anunciada anteriormente, uma vez que sua economia se encontra sob pressão devido a uma recessão prolongada no mercado global de diamantes.
Segundo Sayed Timuno, gestor do Programa de Gestão Macroeconómica do Ministério das Finanças do Botsuana, durante conferência de imprensa, a recente queda nas reservas cambiais, agravada pelo actual ambiente macroeconómico, tem o potencial de comprometer a estabilidade do mecanismo de taxa de câmbio.
Citado pela agência Reuters, o responsável explicou que o objectivo é aumentar a competitividade dos bens e serviços domésticos, além de poder ajudar a moderar a demanda por moeda estrangeira e apoiar a preservação das reservas cambiais.
O Botsuana mantém, normalmente, reservas cambiais equivalentes a mais de dez meses de cobertura das importações, mas têm vindo a diminuir desde 2018 e caíram para um mínimo histórico de cinco meses em Fevereiro deste ano, segundo uma nota de pesquisa do BMI – um índice de referência concebido para avaliar empresas que cumprem critérios de inclusão – publicada em Junho, como escreve a Reuters.
“Apesar da queda nas reservas, os analistas do BMI afirmaram que o Botsuana não registou uma escassez aguda de divisas como a observada noutros países africanos, como Nigéria e Angola, nos últimos anos”, lê-se.
O Botswana revê a sua taxa de câmbio duas vezes por ano, ajustando-a para cima ou para baixo através de um regime de taxa de câmbio flutuante, no qual o pula está indexado a um cabaz de moedas, incluindo o rand sul-africano.
Aliás, há muito que o referido país tem sido considerado um dos casos de sucesso económico em África. Mas isso tem sido posto à prova pela recessão no mercado de diamantes, que causou uma contracção de 3% no Produto Interno Bruto no ano passado e pode, como escreve a Reusters, provocar outra este ano.

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