Citado num comunicado, a que a Economia & Mercado teve acesso esta semana, o novo gestor disse que apesar das dificuldades vigentes por conta da Covid-19 a empresa não demitiu colaboradores, antes pelo contrário, continua a contratar sempre que as circunstâncias determinam. “E daí a importância de se ter um negócio sustentável em Angola, para que possamos crescer de forma sustentável e assim trazer cada vez mais empregos”, disse.
O responsável esclareceu que a situação macroeconómica e cambial a que o país está submetido, levou, ao longo do ano em curso, a proceder um reajuste na ordem dos 23%, apesar de “nos últimos dois anos a desvalorização da moeda cifrar-se a volta de 98%”.
De acordo com Glauco Ferreira, 80% dos custos da empresa são em moeda estrangeira, situação que gerou um impacto significativo no negócio. “Daí falar-se sempre em reajuste, nunca em aumento dos preços”, justificou o novo gestor da MultiChoice Angola.
Ainda em relação aos supostos aumentos de preços por parte da empresa, Glauco Ferreira refutou tal possibilidade, afirmando que a empresa agora sob a sua gestão não aumenta os preços dos serviços DStv, apenas reajusta-os e “todo reajuste de preço é acertado com o regulador nacional”.
“Não há nada que a MultiChoice faça sem a validação do regulador nacional, e o regulador nacional define qual é o reajuste do preço para a categoria, pois não é uma coisa específica da MultiChoice versus concorrente”, lê-se no comunicado.
Quanto a relação com a entidade reguladora do sector das telecomunicações, o gestor disse que tem havido uma conversa franca e transparente com o regulador, onde “ele faz o seu papel, e nós, de forma alinhada, fazemos esse reajuste”.
Por outro lado, o novo director disse que a empresa investe fortemente em Angola, “não menos em relação aos outros países de África onde se encontra”, contrariando o que eventualmente se possa pensar. “Prova disso é que tem quatro parceiros locais onde investe com conteúdo”, afirmou.
Para Glauco Ferreira, a ideia de que há pouco investimento da empresa no país, “é uma percepção que não condiz com a realidade”, assegurando mesmo que há cada vez mais aposta na produção de conteúdo local. “A intenção é aumentar essa relevância”, avançou Glauco Ferreira.

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