A Expo-Huíla/2023, cujo número de participantes totalizaria 370, ficou reduzido a 337 participantes na abertura do evento (16.08.2023), sobretudo pelas ausências dos expositores dos dois países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), como disse a fonte, que evitou especificar as razões impeditivas migratórias.

Apesar das ausências dos namibianos e sul-africanos, a representação internacional, na também considerada uma das maiores bolsas de negócios no Sul de Angola, rivalizando com a Feira Internacional de Benguela, foi salvaguardada por expositores brasileiros (uns participam pela primeira vez), portugueses, chineses e libaneses residentes no País.      

Do lado nacional, o evento, que pela primeira vez é aberto sem o discurso oficial do governador provincial, no caso Nuno Mahapi, por razões de saúde, contam-se as participações de entidades empresariais colectivas e singulares de Luanda, Benguela, Huambo, Namibe, Cunene e Uíge.

Nuno Mahapi, apesar de indisposto, acompanhado de mais membros do governo local e dos responsáveis da Polícia Nacional e demais órgãos do Ministério Interior na província da Huíla, passou por todos os standes.  

Para Paulo Gaspar, presidente da Associação Agro-pecuária, Comercial e Industrial da Huíla (AAPCIL), a Expo-Huíla/2023 simboliza a potencialidade da região sul, relativamente à produção de cereais.

“Mesmo nos momentos mais difíceis deste País, a Huíla sempre deu provas de que era possível produzir internamente com forte pendor para a produção de cerais, frutas e hortícolas. A agro-pecuária, sem dúvidas, sempre foi o carro-chefe da nossa região”, disse o presidente da associação que organiza feira, que vai até ao dia 20 de Agosto de 2023.

O líder associativo, que por indisponibilidade do governador Nuno Mahapi fez o discurso de abertura, também realçou o desempenho da actividade mineira na região, no domínio das rochas ornamentais, “já com alguma transformação local, sem descorar a indústria caseira com relevância para os enchidos, o nosso chouriço é o melhor de Angola”.