“Não são a forma correcta de lidar com a China”. Esta é a mais recente reacção do Governo chinês às ameaças de Donald Trump, o Presidente norte-americano, de impor tarifas de 100% sobre produtos chineses.
Lin Jian, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China a quem é atribuída a declaração, atirou-se contra “uma série de restrições e sanções” adoptadas por Washington que “prejudicaram gravemente” os interesses da China.
Apelou, por conseguinte, que a Administração Trump corrija as suas “práticas erradas o mais rapidamente possível”, augurando que as preocupações possam ser resolvidas através de um “diálogo baseado na igualdade, no respeito mútuo e no benefício recíproco”.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Governo socialista de Xi Jinping defendeu a adopção de uma gestão “adequada das diferenças” e o desenvolvimento “estável, saudável e sustentável” das relações bilaterais entre as duas maiores potências económicas a nível global.
Na semana passada, recorda a Lusa, Pequim intensificou o seu confronto comercial com Washington ao anunciar novos controlos à exportação de materiais estratégicos utilizados na indústria tecnológica, poucas semanas antes de uma possível reunião entre Trump e o Presidente chinês, Xi Jinping.
As restrições incidem novamente sobre as chamadas terras raras – elementos essenciais para a produção de veículos eléctricos, ecrãs tácteis e painéis solares – e que se tornaram, há mais de meio ano, um dos principais focos da disputa entre as duas potências.
Com o argumento de “salvaguardar os interesses e a segurança nacional”, o Ministério do Comércio da China impôs controlos adicionais sobre tecnologias associadas às terras raras e restringiu a exportação de cinco novos elementos: hólmio, érbio, túlio, európio e itérbio.
Donald Trump, em resposta a estas medidas, ameaçou aplicar tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses e reforçar os controlos à exportação de tecnologia. Pequim reiterou, contudo, a sua posição face à guerra comercial: “Não a queremos, mas também não a tememos”, frisou a diplomacia chinesa.

%20-%20BAI%20Site%20Agosto%20%20(1).png)













.jpg)