A primeira unidade de processamento de gás não-associado em Angola, inaugurada nesta quinta-feira, 27, no Soyo, província do Zaire, enquadra-se num ecossistema do qual fará parte a futura fábrica de fertilizantes, também a ser instalada naquele município petrolífero.
“Vem aí muito mais emprego, se tivermos em conta que está prevista a construção, aqui, de uma unidade de produção de fertilizantes, que vai usar precisamente o gás desta unidade”, disse o Presidente da República, durante a inauguração do empreendimento do Novo Consórcio de Gás (NCG).
João Lourenço, que falava aos jornalistas após inaugurar a fábrica avaliada em 2,2 mil milhões de dólares, referiu que, com o gás natural saído da unidade da NCG, o país vai passar a produzir fertilizantes “importantes para o desenvolvimento” da agricultura nacional.
Destacou o reforço da capacidade de produção de gás do país, e lembrou que o produto tem uma “grande procura” no mercado internacional, tratando-se de um produto “menos poluente” do que o diesel, por exemplo.
“Tem bom preço de mercado. Portanto, os benefícios deste investimento - que é pioneiro neste domínio do gás não associado, acreditamos que virão outros ao longo da costa - são bastante promissores para o povo angolano, para a economia nacional”, salientou o Chefe de Estado.
Realçou que, após a entrada em cena das instalações da Angola LNG, construídas no Soyo para produção de gás associado ao petróleo, havia a necessidade de se investir na exploração de gás não-associado, garantida que estava a existência de gás natural ao longo da costa angolana.
O Presidente da República recordou que, em 2018, o Executivo angolano tomou uma “decisão importante”, consubstanciada em criar legislação que protegesse os investidores que quisessem fazer investimentos na indústria de produção e transformação do gás.
“Foi uma decisão acertada, seguida de uma outra no ano seguinte, em 2019, que foi a da criação do Novo Consórcio do Gás. Com essas duas medidas tomadas em anos consecutivos, temos aqui o primeiro resultado: começamos a produzir e a transformar gás não-associado”, destacou João Lourenço.

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