Citada num comunicado distribuído recentemente à imprensa, a directora da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África disse que por se tratar de um novo vírus, a instituição está a colaborar com os países para alargar rapidamente as capacidades de diagnóstico na Região Africana.
“É fundamental que os países na Região possam detectar e tratar casos graves de forma precoce, uma vez que permitiria evitar a propagação de um surto que iria, mais tarde, desetabilizar os sistemas de saúde frágeis”, sublinhou a responsável.
Embora não existam casos confirmados de pessoas infectadas pelo vírus que assola com maior incidência a China, refere o documento, a OMS está a reforçar o apoio prestado aos países da Região Africana, na “detecção e gestão de casos suspeitos” com objectivo de elaborar uma “resposta robusta para o caso de ser detectado um primeiro caso do novo coronavírus” no continente.
A preocupação da OMS, segundo o comunicado, justifica-se pelo facto do continente africano manter relações estreitas com a China (epicentro do surto), o que eleva a possibilidade da existência de “risco elevado de o novo coronavírus fazer a sua aparição na Região Africana”.
“Desde 22 deJaneiro de 2020, a OMS já recebeu dezenas de alertas, de 20 países,relacionados com possíveis infecções causadas pelo novo coronavírus”, salienta a organização no comunicado.
Até ao início da semana em que foi publicada o comunicado em referência, apenas dois laboratórios (um no Senegal e outro na África do Sul) dispunham dos reagentes necessários para testar as amostras. Esses laboratórios, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, serviam de referência para diversos países na Região, mas até então, quatro novos países como Gana, Madagáscar, Nigéria e Serra Leoa, disponibilizaram-se para realizar os referidos testes.
Contudo, para contrapor a situação que ainda é desfavorável no que respeita a capacidade de apetrechamento dos laboratórios dos países citados, a OMS está a enviar kits para 29 laboratórios da Região Africana para garantira disposição de meios necessários para diagnosticar o novo coronavírus e testar, pela mesma ocasião, as amostras enviadas pelos países vizinhos.
Com a medida, os laboratórios referenciados terão maior capacidade para determinar casos suspeitos de novo coronavírus através da recolha de amostras após análise feitas em laboratórios devidamente equipados.
Por conseguinte, a OMS identificou 13 países de prioridade máxima em África que precisam de ser vigiados de perto devido aos seus laços directos com a China ou ao elevado volume de viagens para o país. Por isso, ainda citando o comunicado, a OMS apoia activamente os países na coordenação dos seus esforços de preparação e já foram destacados efectivos adicionais para sete dos treze países, prevendo-se, até ao final da semana, o destacamento completo de todas as equipas em todos os países.
Entre os apoios de protecção que estão a ser enviados pela OMS constam agentes de saúde, bem como termómetros e outros equipamentos essenciais para a realização de rastreios e a gestão de casos suspeitos nos aeroportos e pontos de entrada. "Apesar de os países de prioridade máxima representarem o principal campo de acção da OMS, a Organização irá apoiar todos os países na Região a prepararem-se para o novo coronavírus", refere o comunicado.

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