Com mais de 70% da população africana abaixo dos 30 anos, o Presidente de Angola e líder da União Africana (UA) considera que não é exagerado dizer que o futuro da inovação global terá, também, a impressão africana.
Para João Lourenço, que discursava nesta segunda-feira, 23, em Luanda, na 17.ª edição da Cimeira EUA-África, não se trata de uma mera pesrpectiva quanto à participação dos jovens africanos na inovação global. O estadista afirma que esta participação, “de alguma forma, já vem acontecendo”.
O anfitrião da cimeira, a primeira a acontecer em solo angolano, assevera que a transformação digital do continente africano “está em curso e à grande velocidade”.
“Start-ups e plataformas tecnológicas surgem diariamente, impulsionadas por uma juventude criativa e resiliente que encontra no digital uma via de inclusão, empreendedorismo e empregabilidade”, destaca João Lourenço.
O presidente em exercício da União Africana afirma que os Estados africanos estão a trabalhar para electrificar e, consequentemente, industrializar o continente, acrescentando valor às suas matérias-primas.
Esta dinâmica, observou o estadista, visa aumentar a oferta de postos de trabalho para evitar o êxodo dos jovens africanos, que constituem o maior activo do continente, que fazem “a perigosa e humilhante” travessia pelo Mediterrâneo com destino para a Europa e outros lugares à busca de emprego e de melhores condições de vida.