A informação consta de um relatório divulgado hoje pela agência das Nações Unidas responsável pelo monitoramento dos sistemas de saúde, que revela que 30% das instalações de saúde, 60% dos quais nos países menos desenvolvidos,“não estão equipadas para lidar com as cargas de resíduos existentes”.
A quantidade de resíduos resultantes da distribuição de mais de 140 milhões de kits de tesOrganização Mundial da Saúde alerta, por isso, para o aumento de dezenas de milhares de toneladas de resíduos médicos produzidos no âmbito do combate à pandemia, que provocaram uma “grande tensão nos sistemas de gestão de resíduos, e que ameaçam o ambiente e a saúde humana”.
De acordo com a agência internacional, a incapacidade decorrente da pressão resultante da produção dos resíduos expõe os trabalhadores de saúde a perigos, bem como expõe a populações que vivem próximo de aterros sanitários e locais de eliminação de resíduos mal geridos.
Citada pela Lusa, a análise da OMS levou em conta as cerca de 87.000 toneladas de equipamento de protecção individual (EPI) adquiridas entre Março de 2020 e Novembro de 2021 e enviadas para apoiar as necessidades urgentes de resposta dos países ao coronavírus que provoca a Covid-19,sendo que “a maior parte desse equipamento deve ter acabado como lixo”.
A OMS diz que o desafio dos resíduos provocados pela Covid-19, e a crescente urgência de abordar a sustentabilidade ambiental, deram uma oportunidade aos países para que reforcem os sistemas de forma a reduzir e gerir de forma sustentável e segura os resíduos produzidos no sector da saúde.
Neste sentido, de acordo com a agência portuguesa de notícias, a organização preconiza que tal pode ser conseguido através de políticas e regulamentos nacionais fortes, monitorização e relatórios regulares e maior responsabilização, apoio à mudança de comportamentos, e aumento dos orçamentos.
O relatório apresenta um conjunto de recomendações para integrar melhores, mais seguras e ambientalmente mais sustentáveis práticas de gestão de resíduos no âmbito da actual resposta à covid-19 e a futuras pandemias, e destaca histórias de países e organizações com boas respostas a esta nova realidade.

%20-%20BAI%20Site%20Agosto%20%20(1).png)













.jpg)