A sensibilidade e as nuances do tema serão debatidas na conferência internacional que está a ser organizada pela Academia do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), em colaboração da ONU Mulheres, pretende inverter a preocupante informação segundo a qual apenas 4% das empresas estabelecem metas de aquisição para empresas pertencentes a mulheres e menos de 5% oferecem formação a mulheres para competirem em processos de licitação formais.
Nesta conformidade, a organização acredita que “desbloquear oportunidades para mulheres empreendedoras nas cadeias de valor” abrirá “oportunidades para o crescimento económico”, conforme uma nota consultada hoje pela Economia & Mercado.
O evento que pode ser acompanhado online através de uma transmissão ao vivo no dia 14 deste mês e ano, a partir das 9 horas de Hong Kong, China, e das 9h30 de Nova York, junta especialistas em matéria do género e negócios globais para mais esclarecimentos sobre “o que é aquisição sensível ao género?”, “quais os benefícios empresariais das compras sensíveis ao género?”, bem como os “exemplos estratégicos de empresas que praticam compras sensíveis ao género”.
No centro das abordagens estará a busca por entendimentos sobre “o negócio de compras sensíveis ao gênero” e compreender melhor, através dos especialistas globais, sobre por quê e como, as “empresas podem transformar seus negócios” considerando os valores da inclusão e da igualdade do género, de acordo com a organização.

“As compras sensíveis ao género (GRP) visam resolver estas desigualdades, considerando o impacto na igualdade de género ao tomar decisões sobre compras. Esta prática promove não só resultados sociais positivos para as mulheres, mas também benefícios para as empresas”, lê-se numa nota que a Economia & Mercado teve acesso hoje.
“Sabemos que o poder de compra das empresas, por si só, molda diversas cadeias de abastecimento com potencial para fazer ou quebrar milhões de empresas, e que o valor dos contratos corporativos somam trilhões de dólares em todo o mundo. No entanto, durante demasiado tempo, os impactos das despesas empresariais sobre o género foram ignorados e subestimados”, pode-se conferir no conteúdo em referência.
A contratação pública sensível ao género (GRP) é definida como a seleção de serviços, bens e obras civis que considera o seu impacto na igualdade de género. O GRP visa, portanto, apoiar resultados positivos para as mulheres com compras, o que impulsiona os fluxos financeiros em todo o mundo. O GRP pode ajudar a resolver a actual desigualdade que vemos nas oportunidades de compras globais.
Lançado em 2000 pelo então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o Pacto Global é uma chamada para as empresas alinharem suas estratégias e operações aos 10 princípios universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção e desenvolverem ações que contribuam para o enfrentamento dos desafios da sociedade. É hoje a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com mais de 16 mil participantes, entre empresas e organizações, distribuídos em 70 redes locais, que abrangem 160 países.

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