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OPEP baixa previsão de crescimento da procura mundial de petróleo para 2,07% em 2024

Sebastião Garricha
12/8/2024
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De acordo com a OPEP, as revisões em baixa reflectem o abrandamento das expectativas de crescimento da procura de petróleo por parte da China em 2024.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reviu esta segunda-feira, 12 de Agosto, em baixa ligeira a previsão de crescimento da procura mundial de petróleo para 2,07% em 2024 e 1,71% em 2025, principalmente devido à desaceleração do consumo do “ouro negro” na China.

Este ano, o planeta vai queimar uma média de 104,32 milhões de barris por dia de petróleo, mais 2,1 milhões de barris diários do que em 2023 e menos 135 mil barris por dia do que o previsto há um mês, afirma a OPEP no relatório mensal divulgado esta segunda-feira, em Viena, capital da Áustria.

Além disso, o documento divulgado reduz a estimativa anterior do consumo de petróleo em 2025 em 200 mil barris por dia para 106,11 milhões, baseando-se num crescimento de 2,9% da economia mundial, a mesma subida este ano como no próximo.

O documento explica que as revisões em baixa do consumo de petróleo reflectem “o abrandamento das expectativas de crescimento da procura de petróleo por parte da China em 2024”, bem como os ajustamentos relativos a novos dados de mercado nos primeiros seis meses.

Segundo notícia publicada pelo DE, apesar das revisões em baixa, a OPEP destaca a dinâmica do mercado como “saudável”, especialmente este ano, em que o crescimento da procura está “bem acima da média de 1,4 milhões de barris por dia registada antes da pandemia de covid-19”.

Admite, no entanto, que “as incertezas relacionadas com as perspectivas económicas da China e a política monetária da Reserva Federal dos EUA, juntamente com o fortalecimento do dólar, limitaram o impulso ascendente” dos preços do petróleo.

“Neste contexto, recorda a recuperação entre Janeiro e Abril, quando os valores do petróleo Brent e do Texas Intermediate Oil (WTI) valorizaram 12,4% e 14,3%, respectivamente, ganhos que foram depois perdidos entre Maio e Julho”, lê-se na notícia do DE.

O petróleo Brent estava, esta segunda-feira, a negociar acima dos 80 dólares por barril, enquanto o WTI estava perto dos 78 dólares. Entre os factores que pressionam em baixa, o documento da OPEP destaca “as preocupações com o desempenho económico da China”.

“O sentimento do mercado também foi afectado pela incerteza em torno das políticas monetárias dos bancos centrais, em particular a perspectiva de taxas de juro elevadas prolongadas nos EUA como forma de lidar com a inflação em curso”, acrescenta, como escreve o DE.

No que respeita à oferta de petróleo, o relatório prevê, tal como no mês passado, que a oferta não-OPEP+ (OPEP e aliados, incluindo a Rússia) aumente 1,2 milhões de barris e 1,1 milhões de barris por dia em 2024 e 2025, respectivamente, para 53 milhões de barris.

De acordo com os dados de institutos independentes publicados no documento, a extracção combinada do grupo aumentou no mês passado para cerca de 41 milhões de barris, mais 117 mil barris por dia do que em Junho.