A Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), o Observatório Político e Social de Angola (OPSA) e o Laboratório de Ciências Sociais e Humanidades da Universidade Católica de Angola (LAB) colocam interrogações à ‘boa vontade’ do Executivo, que prevê, para 2024, apoio financeiro a 140 cooperativas familiares.
De acordo o Orçamento Geral de Estado (2024) para o ano económico 2024, no indicador “número de cooperativas familiares criadas - cumulativo”, está prevista uma despesa de 10 milhões, 79 mil e 444 kwanzas, destinados para apoio a 140 cooperativas familiares.
Dividindo o total do valor pelo número de cooperativas, como exercitaram a ADRA, OPSA e o LAB, cada uma delas deverá receber 71 mil e 996 kwanzas. Respectivo valor leva as três organizações da sociedade civil a questionarem intenção do Executivo, que passa essencialmente pelo desejo de contribuir para a melhoria da segurança alimentar.
“Será isto realista e credível?”, lê-se num documento conjunto, de pelo menos 13 páginas, onde os signatários acusam as autoridades de supostamente elaborarem um normativo de protecção à classe média e alta, e desfavorecimentos aos “mais vulneráveis”.
Além disso, questionam, também, o cálculo feito pelo Executivo para sugerir o orçamento previsto para apoio à 63 mil famílias, como descreve o indicador ‘número de famílias apoiadas por transferências em espécie (cestas básicas de alimentos, cumulativo)’.
“(...) O Executivo prevê gastar apenas 7.500.000.00 de kwanzas para beneficiar 63 mil famílias. Será isto realistas?. De igual modo, como é possível que, para atingir a meta de 83 mil pessoas, o indicador relativo ao ‘número de pessoas integradas em actividades de geração de renda (cumulativo) mereça apenas 692. 025.466.00 de kwanzas, o que equivale a pelo menos 8.500 kwanzas por pessoa para os 12 meses do ano?”, lê-se no documento que a Economia & Mercado teve acesso.

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