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Oxford Economics diz que Angola só volta aos mercados financeiros em 2025. Escassez de moeda estrangeira é apontada como principal ‘calcanhar de Aquiles’

Sebastião Garricha
26/2/2024
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Foto:
DR

Nem a conta corrente positiva e a detenção de reservas maiores que os seus pares retiram Angola da lista onde Moçambique e Egipto aparecem como os países com riscos mais elevados de incumprimento.

A directora dos mercados emergentes da consultora Oxford Economics, Evghenia Sleptsova, disse, recentemente, que Angola só voltará aos mercados financeiros em 2025, depois de ultrapassar o ‘câncer’ da falta de moeda externa. 

Citada pelo Jornal Económico, Evghenia Sleptsova sublinhou que o dado consta de uma avaliação feita a 15 países com perspectiva de regresso aos mercados financeiros, onde Angola, Gabão, El Salvador, Suriname, Moçambique e o Egito aparecem na lista das economias com elevadas necessidades, mas com pouca capacidade de emissão de dívida em dólares.

“Acreditamos que o risco de incumprimento ainda é baixo, mas o regresso aos mercados parece mais provável em 2025, depois de a falta de moeda externa ser ultrapassada e Angola convencer os mercados que vai cumprir os pagamentos de dívida externa em moeda estrangeira no próximo ano”, escreve Evghenia Sleptsova.

Para a consultora, nem a conta corrente positiva e a detenção de reservas maiores que os seus pares retiram Angola da lista onde Moçambique e Egipto aparecem como os países com riscos mais elevados de incumprimento.

Consulta feita pela E&M indica que os países da África subsaariana voltaram a emitir dívida pública no mercado financeiro, depois de mais de dois anos arredados deste tipo de financiamento comercial devido aos elevados juros que os investidores cobravam para comprar a sua dívida.

Por exemplo, desde janeiro, segundo o Jornal Económico, a Costa do Marfim, o Benim e o Quénia já emitiram dívida, sempre com juros abaixo de 10%, e a Jordânia, Nigéria e Camarões também deverão seguir o mesmo caminho, em breve.