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País enfrenta défice de 2,2 milhões de habitações. Executivo olha para auto-construção dirigida como 'escape'

Victória Maviluka
26/2/2024
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Foto:
DR

Governo vai intensificar loteamentos de terrenos para auto-construção dirigida. PR havia anunciado, em 2023, a descontinuidade da construção de centralidades pelo Estado.

Angola enfrenta um défice de 2,2 milhões de habitações e o Executivo pretende reduzir este desfalque sobretudo com o programa de auto-construção dirigida, disse o ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Construção.

Numa visita de campo recente às províncias do Leste do País, Carlos Alberto Santos realçou que a implementação do programa de auto-construção “vai bem” e que se prevê, para os próximos dias, mais procedimentos em relação aos loteamentos de terrenos.

“Como se sabe, não é só construir centralidades, mas o grande sucesso deste programa [de habitação] está na auto-construção. O País, no seu todo, ainda assiste a um défice muito grande, estamos, hoje, com a necessidade de 2,2 milhões de habitações para que se corrija o défice. Entendemos que é através da auto-construção dirigida que nós teremos, acima de tudo, um maior sucesso (...) muito em breve”, disse, em declarações à imprensa, o titular das Obras Públicas, Urbanismo e Construção.

Centralidade de Saurimo entregue em Julho

Carlos Alberto Santos informou que a construção da Centralidade de Saurimo, na capital da Lunda-Sul, encontra-se já a 95% de execução física, prevendo-se para Julho deste ano a entrega de todos os 212 fogos e dos respectivos equipamentos sociais e de apoio.

O ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Construção adiantou que, para breve, está o início da construção da segunda fase daquele projecto habitacional, etapa em que se perspectiva construir mais 1400 fogos.

Segunda fase da Centralidade do Cunene

O Executivo projecta, para breve, o início das obras da segunda fase da Centralidade do Cunene ‘Dom Fernando Guimarães Kevanu’, na cidade de Ondjiva, capital daquela província.

Nesta segunda fase, segundo o ministro da Administração do Território, Dionísio Manuel Fonseca, que, recentemente, visitou a Centralidade, está prevista a construção de mais 500 apartamentos, que se vão juntar aos 488 já habitados desde 2022.

Construção de centralidades é para descontinuar - PR

Numa deslocaçãoa, em 2023, a Caxito, o Presidente da República afirmou que o Estado vai deixar de construir centralidades, depois das províncias do Cuanza-Norte, Malanje, Zaire e Cabinda.

Falando durante a inauguração da Centralidade Teresa Afonso, na província do Bengo, João Lourenço explicou que caberá ao Executivo a criação de políticas para tornar mais baratos os materiais de construção produzidos localmente e apostar na construção de habitações sociais ao contrário das centralidades.

"A questão da habitação é da responsabilidade de vários actores, nomeadamente o sector privado, as cooperativas e o próprio cidadão, no quadro da auto-construção dirigida, e o Estado é apenas um deles”, disse, na ocasião, o Titular do Poder Executivo.