Carlos Borges falava durante III Conferência E&M sobre Economia Azul, o “Cluster do mar para além do petróleo", que decorre numa das unidades hoteleiras da capital.    

“É um encontro estratégico para Angola”, começou por dizer, ressaltando que “não podemos só explorar os recursos naturais que temos, mas ter a capacidade e a obrigação de equilibrar aquilo que vamos consumindo ao longo das nossas vidas e gerações”.

Referiu, no entanto, que em 2019 foram consumidas 100 mil toneladas de produtos naturais , desde madeira, recursos fosseis, animais, plantas, cuja recuperação vai levar dezenas de anos, para o seu reequilíbrio.  “Ou seja, nós estamos a consumir aquilo que é o nosso capital natural, que faz com que nós estejamos a viver à crédito das gerações futuras”, enfatizou.

“Nós estamos a consumir recursos que não são nossos”, adiantou, acrescentando que, o presente pertence as gerações futuras. “O presente é-nos emprestado pelas gerações futuras”, disse.

A III Conferência E&M Sobre Economia Azul é uma iniciativa da revista Economia & Mercado que debateu pelo terceiro ano consecutivo os avanços da implementação da Estratégia Nacional para o Mar de Angola.