O preço do petróleo regista uma queda acentuada nesta sexta-feira (20), marcando uma inversão após dias consecutivos de valorização impulsionados pelas tensões entre o Irão e Israel.
Os contratos de referência apresentam desempenhos distintos. O Brent de referência para exportações angolanas, desvaloriza 2,5% para 76,88 dólares por barril, enquanto o WTI, referência norte-americana, recuou ligeiramente 0,19% para 75 dólares.
Esta movimentação ocorre num contexto de incerteza geopolítica, com a Casa Branca a adiar para as próximas semanas uma decisão sobre o envolvimento no conflito, conforme revelado pela porta-voz Karoline Leavitt.
Apesar dos ataques israelitas às infra-estruturas energéticas iranianas, a capacidade de produção do Irão mantém-se estável, comrelatórios a indicarem tanques de armazenamento cheios no terminal de Kharg. Esta situação, combinada com pressões dentro da OPEP para aumentar a oferta,contribuiu para a actual pressão descendente nos preços.
Especialistas de mercado alertam para períodos de volatilidade. "As declarações conciliatórias de Washington retiraram parte da pressão compradora que sustentava os preços", explicou Robert Rennie, analista do Westpac Banking Corp, prevendo que o petróleo deverá oscilar entre70 e 80 dólares no curto prazo.
Para Angola, economia fortemente dependente das receitas petrolíferas, valores abaixo dos 75 dólares por barril comprometem a execução orçamental e aumentam a pressão sobre a taxa de câmbio do kwanza. Os analistas locais temem que um prolongamento desta tendência force novos ajustes nas contas públicas e no programa de diversificação económica.

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