O mercado segurador angolano registou uma produção bruta de prémios de 85,1 mil milhões de Kwanzas concedidos ao sector de petroquímica em 2024, representando um crescimento de 36% face aos 62,2 mil milhões Kz observados em 2023, apontam dados da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros.
No ano passado, segundo Jesus Teixeira, administrador executivo da ARSEG, o ramo de petróleo e gás representou 17,9% da produção total do mercado segurador nacional, “reforçando o seu peso estratégico, sobretudo, por estar directamente ligado” à indústria petrolífera.
Ao intervir, nesta quinta-feira, 15, em Luanda, no Fórum Banca Oil & Gas, organizado pela consultora Petroangola, sob o tema ‘Avaliação da eficiência dos produtos e serviços financeiros para o sector petrolífero’, Jesus Teixeira informou que a taxa de sinistralidade líquida fixou-se em 10,73% em 2024.
Esta cifra, fez saber, situou-se ligeiramente abaixo de 10,98%, comparativamente ao ano anterior, tratando-se de “uma das mais baixas” entre os principais ramos do sector, o que reflecte, segundo o gestor da instituição reguladora da actividade seguradora em Angola, um “controlo técnico e rigoroso e, também, políticas de subscrição prudentes”.
No que respeita aos resseguros no ramo de petróleo e gás, Jesus Teixeira reportou que o volume de prémios cedidos para o mercado internacional “mantém-se elevado”, situando-se nos 67,6 mil milhões de Kz, o que corresponde a uma taxa de cedência de 79,4%.
“Por sua vez, os prémios adquiridos líquidos de resseguro, dado aqueles que acabam de ficar no mercado nacional, cifraram-se em 17,5 mil milhões de Kwanzas, ligeiramente acima dos 12 mil milhões registados no ano anterior, mantendo-se estável a base de receita efectivamente retida no País”, disse.
Estes indicadores, caracterizou, evidenciam “a solidez e a especialização e relevância crescente” do ramo de petroquímica no panorama dos seguros, demonstrando que o resseguro “continua a ser, neste ramo, uma componente vital de sustentabilidade”.
O administrador executivo da ARSEG especificou que, em 2024, o volume de prémios cedidos em resseguros aumentou, assim, 32,14% face a 2023, impulsionado, sobretudo, pela desvalorização cambial e pela complexidade crescente dos riscos cobertos.
“Ainda assim, a taxa de excedência registou uma redução significativa, passando de 82,2% em 2023 para 79,4% em 2024, reflectindo uma melhor capacidade de retenção de riscos por parte das seguradoras nacionais e um sinal claro de maior maturidade técnica na gestão destes contratos”, explicou.

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