Os advogados de Álvaro Sobrinho solicitaram às autoridades angolanas uma intervenção no processo judicial do caso BESA que corre em Portugal contra o banqueiro luso-angolano, informou o Procurador-Geral da República de Angola.
“De facto, recebemos [um pedido] dos advogados de Álvaro Sobrinho a ver se podíamos, de alguma forma, agir em relação ao caso ou termos alguma intervenção no processo que está a decorrer em tribunal”, disse Hélder Pitta Groz.
O PGR angolano observou, citado pela Lusa, que “Portugal é um país soberano, tem os seus instrumentos jurídicos”, e o cidadão Álvaro Sobrinho é angolano, mas também tem nacionalidade portuguesa.
“Em Portugal é português, quando está em Angola é angolano. E nós colaborámos com as entidades portuguesas nalgumas questões que nos colocaram, através de uma carta rogatória, a que nós, prontamente, respondemos e esperamos que esta resposta que nós remetemos possa contribuir para o julgamento”, sublinhou.
Referiu que a situação de Álvaro Sobrinho não pode ser colocada ao mesmo nível do que aconteceu com o antigo vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente, em que houve uma intervenção do Estado angolano no sentido de o seu processo ser transferido para a Justiça angolana.
“Não podemos pôr a coisa ao mesmo nível, porque o senhor Manuel Vicente foi uma questão de Estado, foi o Estado angolano que solicitou essa intervenção”, afirmou.
O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu enviar, este mês, o ex-presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA) Álvaro Sobrinho, o banqueiro Ricardo Salgado, ex-homem forte do BES-Portugal, e mais três arguidos a julgamento, validando, na íntegra, a acusação do Ministério Público.
Segundo a leitura da decisão instrutória sobre o processo, Álvaro Sobrinho é acusado de 18 crimes de abuso de confiança e cinco de branqueamento.

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