O Presidente da República, João Lourenço, espera que os órgãos judiciais do País estejam à altura de combater crimes que não eram comuns na sociedade angolana, como é o caso da mineração de criptomoedas.
Ao discursar nesta sexta-feira, 07, no Palácio Presidencial, no empossamento de nove procuradores-gerais adjuntos, João Lourenço observou que a mineração de criptomoeda é um crime que “vem crescendo” e que precisa de merecer a “atenção e a firmeza” necessárias por parte dos órgãos de justiça para que “não se alastre”.
Afirmou que os casos de crimes diversos que são desvendados pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) “aumentaram consideravelmente”, envolvendo cidadãos nacionais e, “infelizmente”, estrangeiros.
“Estamos preocupados, sobretudo, com algum tipo de crimes que mais se repercute na nossa sociedade. Para citar alguns apenas: o aumento de casos de contrabando de combustível, vandalização de bens públicos, crime violento, homicídios, violação de menores, violência doméstica”, elencou.
Para o Presidente da República, a Procuradoria-Geral da República (PGR), enquanto Ministério Público, que tem a missão de preparar os processos que são encaminhados para julgamento, para os tribunais, “tem um papel importante”.
“Esperamos que tenham toda a dedicação possível para agilizar os processos, que não fiquem muito tempo na PGR, que sejam encaminhados dentro dos tempos razoáveis para os tribunais competentes, aqueles casos que tiverem de chegar a tribunal; obviamente, não serão todos”, sublinhou.
Chineses entre os principais rostos da actividade ilícita
A mineração de criptomoedas, prática ilícita em Angola, é uma rede de usuários que utiliza recursos de computação para resolver cálculos matemáticos extremamente complexos e validar um conjunto de transacções, obtendo recompensas em criptomoedas durante a operação conforme o êxito obtido.
Exigente em termos de consumo de energia eléctrica, a actividade tem sido alvo de uma frente por parte das autoridades angolanas, que, nos últimos anos, têm desmantelado redes que operam no País, predominantemente integradas por cidadãos chineses.

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