Moçambique registou nova descida dos preços em Julho, a quarta descida consecutiva e a oitava dos últimos 15 meses, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) daquele país.
A variação mensal foi negativa, de 0,22%, impulsionada principalmente pela queda dos preços dos combustíveis e de diversos produtos alimentícios.
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), como noticiou o Diário Económico (DE) nesta terça-feira, 12, os sectores de alimentos e bebidas não alcoólicas, assim como o de transportes contribuíram com -0,21 e -0,11 pontos percentuais, respectivamente, para a queda geral.
Entre os produtos com maiores quedas perfilam tomate (-8,7%), diesel (-4,8%), gasolina (-1,5%), repolho (-6,4%), repolho branco (-15,9%), cebola (-4,7%) e alface (-10,2%), com contribuição combinada de cerca de -0,33 ponto percentual para a deflação mensal.
Face a Julho de 2024, a inflação homóloga situou-se em 3,9%, ligeiramente abaixo dos 4,1% registados em Junho. O DE explica que as maiores pressões inflacionárias no ano passado vieram da categoria de alimentos e bebidas não alcoólicas, que subiu 8,9%, e de restaurantes, hotéis, cafés e similares, também com alta de 8,9%.
“O Governo prevê que a inflação anual em 2025 ronde os 7%, enquanto o Banco de Moçambique antecipa uma tendência de abrandamento continuada nos próximos meses”, lê-se.
Esta previsão reflecte, de acordo com o DE, o impacto das isenções de IVA em certos produtos básicos — como o açúcar, o óleo alimentar e o sabão —, a redução das taxas de portagem até 60% e a redução das tarifas da água, tudo num contexto de estabilidade do metical e queda dos preços internacionais dos alimentos.
Apesar das perspectivas positivas, o Banco de Moçambique alerta para os riscos internos que podem afectar a trajectória da inflação, incluindo a situação fiscal daquele país, o ritmo de recuperação da capacidade produtiva e os efeitos dos choques climáticos.

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